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Iguais em tudo… menos na estrelinha da sorte!

Ter, 09/01/2007 - 11:49


Foi a festa do futebol dentro e fora das quatro linhas, com o equilíbrio, entre macedenses e boavisteiros, a ser a nota dominante, apesar de haver períodos em que houve forte desequilíbrio entre ambas as equipas.

Os locais foram, indubitavelmente, mais fortes na sorte do jogo e do perdão de entradas mais ousadas. Karaté que o diga, pois foi demasiadas vezes travado à margem das leis, sem a respectiva sanção técnica e muito menos disciplinar.
Numa pincelada, para podermos focar outros aspectos do jogo, podemos dizer que os axadezados, tirando os 10 minutos finais em que puxaram pelos galões, apenas criaram relativo perigo com os livres e assistências de Ricardo Sousa e escassos remates de Fary. Regra geral, os locais nunca foram capazes de dominar o gigante trasmontano. Contudo, os nordestinos acabariam por ser esmagados pela sorte adversária, que fez o 2-1 quando a corrente do jogo deixava antever o 1-2 e o corolário da felicidade na forma como foi conseguido o tranquilizador 3-1.
O treinador macedense, Rui Vilarinho, primou durante quase todo o encontro pela inteligência táctica e por uma invulgar leitura de jogo, congeminando arranjos estratégicos durante o jogo. No que concerne ao plano técnico, sem dúvida alguma, que o mister transmontano venceu o jogo, não sendo culpado da sorte do adversário e da inexperiência dos seus jovens jogadores, que acusaram a pressão do palco e o renome dos adversários. Desta forma, Rui Vilarinho deve ser cumprimentado pela sua massa associativa, pois realizou um feito inédito na história do clube, quer em termos exibicionais, quer em termos de resultados.
Crucificar Nuno Duarte ou Valadares, o primeiro porque ficou mal na fotografia do 2-1 e 3-1 e o segundo porque não teve o sangue frio, necessário, para fazer dois golos por excesso de colocação da bola, é assinar a maior das injustiças para as defesas aos tiros de Ricardo Sousa e boas aproximações de Fary e é não querer ver a qualidade do miúdo em vulgarizar uma defesa que não é fácil de bater na liga maior do nosso futebol.
Nelson e Néné (ambos em crescendo de forma) cumpriram com trabalho específico a que estavam sujeitos tacticamente e de que saíram quase sempre vencedores.
Em traços gerais, a equipa de Macedo de Cavaleiros funcionou como um todo e se tivermos em conta a atitude dos atletas e o apoio do seu público, esta derrota tem um sabor a vitória, muito para além das vitórias morais e o tempo nos dará razão.
Quanto ao trabalho dos árbitros, uma exibição pautada por algum caseirismo, não julgando correctamente algumas entradas mais entusiasmadas do todo-poderoso Boavista.

Jogo no Estádio do Bessa na Cidade do Porto

Árbitro – Paulo Baptista (A. F. Portalegre)
Assistentes – Luís Tavares e Victor Silva
4.º árbitro – Carlos Espadinha

Boavista – William – Nota 5 (cap); Cissé – 4, Kazmierczak – 5, Paulo Sousa – 4 (Ricardo Sousa-6 | intervalo), Zé Manuel – 5, Fernando Dinis – 4 (Fary-6 75’), Lucas – 4, Hugo Monteiro – 4 (Nuno Pinto - 0 90’), Essame – 4, Linz – 5, Hélder Rosário – 5
Não utilizados – Khadim, Leo Tambussi, Marco António e Tiago.
Disciplina – Cissé 52’
Melhor em campo – Ricardo Sousa / Fary
Treinador – Jaime Pacheco

Macedo de Cavaleiros – Nuno Duarte – Nota 4; Bernardino – 6, Nelson – 4 (Hugo Ribeiro - 87’), Eurico – 5, Fernandes-6, Pardal-5, Valadrares-5, Néné-6, Paulo Arrábidas-5 (Hugo Adegas-5 71’), Portal-5, Karaté-5 (Branquinho-5 64’)
Não utilizados – Marco, Simanka, João ferreira e Hélio.
Disciplina – Néné 20’ e Nelson 43’.
Melhor em campo – Bernardino / Néné
Treinador – Rui Vilarinho

Ao intervalo – 1-0
Resultado final – 3-1
Marcadores – 1-0, Kazmierczak 8’; 1-1 Fernandes, 53’; 2-1, Ricardo Sousa 83’ e 3-1 Linz 93’.