Ter, 29/08/2006 - 16:19
A conclusão dos trabalhos foi assinalada anteontem, com uma eucaristia presidida pelo bispo da diocese Bragança-Miranda, D. António Montes. A bênção das obras de restauro da igreja contou, ainda com uma conferência sobre a “História da Igreja Matriz desde os seus primórdios”, proferida, na passada sexta-feira, por Lurdes Camelo, e com um concerto de música sacra pelo quarteto Vox Universalis.
Após ter estado fechada ao público um ano e uma semana, durante os trabalhos de recuperação do imóvel religioso, foram muitas as pessoas que se deslocaram a Sambade, para assistir à eucaristia dominical no templo mais importante do concelho de Alfândega da Fé.
Durante as obras, os fiéis tinham que se deslocar à aldeia anexa de Covelas, para assistirem à missa na capela da Nossa Senhora das Neves, sendo o transporte assegurado pela Câmara Municipal de Alfândega da Fé.
O estado de degradação em que se encontrava a igreja, devido às infiltrações de água que iam apodrecendo as madeiras, obrigaram a uma intervenção profunda. No entanto, o valor elevado dos trabalhos para uma remodelação completa obrigou à realização dos trabalhos de forma faseada.
As obras incidiram no tecto, paredes e chão, visto que a madeira já se encontrava num avançado estado de degradação.
Altares aguardam recuperação
Segundo o pároco da aldeia, Francisco Pimparel, este templo do século XVII necessitava de obras de beneficiação de forma a travar a deterioração do património religioso existente.
“As paredes foram pintadas, a madeira do chão foi substituída e o tecto interior também foi mudado, à excepção da parte da capela- mor que tem pinturas e será recuperado na 2ª fase da intervenção”, acrescentou o pároco.
Segundo o presidente da CMAF, João Carlos Figueiredo, este processo arrastou-se durante três anos e meio, visto que a intervenção obrigou à intervenção do IPPAR, que exigiu a elaboração de um estudo aprofundado sobre o templo.
Contudo, o edil realça a importância do estudo, dado que abriu caminho para a recuperação dos altares, numa segunda fase, através de uma candidatura no âmbito do próximo Quadro Estratégico de Referência Nacional (QREN).
Esta intervenção foi incluída no projecto “Portas da Terra Quente”, financiado pelo programa de Acção Integrada de Base Territorial do Douro (AIBT).
Os trabalhos foram orçados em 90 mil euros, um valor que subiu aos 120 mil euros, após as alterações feitas ao projecto inicial. O montante inicialmente previsto foi comparticipado pela AIBT Douro em 75 por cento, sendo o restante suportado pela CMAF.