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IFANES sem igreja paroquial

Ter, 10/01/2006 - 14:56


Passados dois anos sobre o início das obras de recuperação da igreja paroquial de Ifanes, no concelho de Miranda do Douro, os trabalhos encontram-se parados, situação que está a deixar indignada a população, que se vê privada do local de culto.

O templo esteve sem telhado cerca de um ano, o que levou os fiéis temerem pela consistência das paredes. Mais recentemente, foi montada uma estrutura metálica para proteger a igreja da chuva.
As obras de recuperação da Igreja, candidatadas a um projecto de Trabalhos de Natureza Simples (TNS), foram orçadas em cerca de 100 mil euros.
Segundo o presidente da Junta de Freguesia de Ifanes (JFI), Orlando Vaqueiro, “há informações de que a Câmara de Miranda e a comissão fabriqueira se comprometeram a financiar 25 por cento do total da candidatura”.
Apesar de todos os problemas, houve um concurso para a realização da empreitada, mas, “passado algum tempo, o empreiteiro que inicialmente ganhou o concurso rescindiu o contrato, é aí que entra a Direcção-Geral de Monumentos (DGM), que não deixou avançar as obras enquanto não fosse colocada uma cobertura provisória, a qual ainda não foi paga”, diz o autarca.
No tocante à responsabilidade do pagamento da cobertura, criou-se um “jogo de empurra” entre a fábrica da Igreja e o Gabinete Técnico Local (GTL) no sentido de se saber quem terá de suportar a estrutura.

Cobertura por pagar

“Para já, enquanto não for paga a cobertura, não será desbloqueada uma verba que ronda os 60 mil euros para conclusão dos trabalhos, oriundos da TNS. Só assim a DGM dá autorização para a continuidade das obras”, afiançou Orlando Vaqueiro.
Entretanto, foi pedido auxílio ao IPPAR, já que a abóbada do templo estava em risco de desmoronamento, ao que os técnicos do organismo responderam que o imóvel estava em vias de classificação e as obras foram embargadas, atrasando ainda mais o processo de recuperação.
Face a esta situação, vai ser solicitada uma reunião com o governador civil de Bragança, para que possa intervir junto da DGM.
De acordo com o presidente da JFI, “todos os esforços deveriam ser canalizados para a igreja matriz, que é um símbolo da freguesia e na qual todas as prioridades se deveriam centrar”.
Ao que Jornal NORDESTE apurou, há peças da igreja que se encontram mal acondicionados e objectos de arte sacra espalhados um pouco por toda aldeia mirandesa.
Quando contactado por este jornal, o responsável do GTL preferiu não comentar, mas deixou a promessa de prestar, a curto prazo, todos os esclarecimentos sobre este assunto”.