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Hospital de Bragança sem ampliação

Ter, 13/12/2005 - 14:27


O projecto para a ampliação e remodelação das instalações do Hospital Distrital de Bragança (HDB), uma obra já adjudicada, foi inviabilizado pelo Ministério da Saúde.

Esta decisão foi anunciada ontem, pelo ministro da Saúde, Correia de Campos, numa visita às instalações do HDB.
De acordo com o governante, o projecto apresentado está “mal preparado” e não tem financiamento garantido, uma vez que representa um investimento incomportável para os cofres do Estado.
“Estamos a falar do plano de uma construção simples que já ia em 40 milhões de euros, quando o valor disponível, para o próximo ano, para os serviços de saúde de todo o País é de 52 milhões de euros”, realçou Correia de Campos.

Obras prioritárias avançam

As obras no HDB, contudo, podem ter início ainda durante este ano, mas, apenas, ao nível dos serviços que apresentam carências e problemas mais visíveis. A criação de instalações para a consulta externa, dado este serviço está espalhado pelos diferentes pisos, o alargamento do bloco operatório e a requalificação do internamento são, segundo o ministro da Saúde, as obras prioritárias.
O projecto para a execução das obras foi reduzido para cerca de 6 milhões de euros e vai ser adjudicado a outra entidade, uma vez que Correia de Campos defende que não se pode adjudicar uma obra sem haver garantias de pagamento.
Esta alteração desagradou ao presidente da Câmara Municipal de Bragança, Jorge Nunes, que considera um “erro” e um “retrocesso”, num projecto ansiado há mais de 15 anos.

Encerramento de
maternidades inevitável

Quanto ao encerramento das maternidades, o governante afirma que essa decisão vai ser tomada pela administração do Centro Hospitalar do Nordeste Transmontano (CHNT), tendo em conta a garantia de atendimento às mulheres grávidas.
O governante esclareceu, ainda, que nunca esteve em causa o encerramento de maternidade, mas sim de locais de partos que não apresentem as condições necessárias durante e depois do parto.
“É preciso ver que há recursos que precisam de ser concentrados, para garantir um atendimento de qualidade. As mulheres sabem muito bem os sítios onde são tratadas em segurança e elas próprias já estão a fazer a sua escolha”, acrescenta Correia de Campos.
Questionado sobre a falta de acessibilidades no Nordeste Transmontano, para que as mulheres da região se possam deslocar com rapidez, o ministro da Saúde não deu qualquer resposta.
A criação do CHNT, com vista à melhoria dos cuidados de saúde no Nordeste Transmontano, já foi decidida em Conselho de Ministros e foi transmitida, ontem, aos 12 autarcas do distrito de Bragança.
Esta medida prevê a concentração dos recursos humanos e tecnológicos existentes na região, através da união dos hospitais de Bragança, Macedo de Cavaleiros e Mirandela. Contudo, esta resolução política não agrada a todos os autarcas, que temem os resultados da implementação do Centro Hospitalar na região.