Ter, 09/05/2006 - 15:02
A aeronave, ao que tudo indica, ficará sedeada no concelho de Torre de Moncorvo, que já dispõe de um heliporto. O outro meio aéreo ficará estacionado em Macedo de Cavaleiros, já que o distrito de Bragança vai dispor de dois helicópteros.
Segundo o governador civil de Bragança, Jorge Gomes, a partir do mês de Agosto o helicóptero estacionado em Moncorvo será deslocado para Bragança, acompanhado do sistema de cobertura e deslocação do fogo, já que há tendência para os incêndios se deslocarem de sul para norte do distrito.
Confrontado com este dispositivo de meios de combate a incêndios, o presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, Aires Ferreira, diz concordar com a proposta apresentada, tendo em conta que os maiores incêndios ocorrem nos concelhos de Freixo de Espada Cinta, Moncorvo, Vila Flor e Carrazeda de Ansiães.
“Acho que é tempo do sul do distrito de Bragança ter novamente um helicóptero, pois Moncorvo tem um heliporto que será preparado mediante as necessidades das equipas de intervenção ali estacionadas”, salienta o autarca.
Recorde-se que, até 1996, Torre de Moncorvo possuía um helicóptero em permanência, que acabou por ser transferido para Macedo de Cavaleiros.
Aires Ferreira nunca aceitou esta medida e ainda hoje garante que o incêndio ocorrido na serra do Reboredo, em Agosto de 2003, não teria atingido tamanhas proporções se houvessem meios aéreos estacionados no concelho. “O sul do distrito precisa de meios aéreos e rápidos para primeira intervenção”, sustenta o edil.
Mas, ao que o Jornal NORDESTE apurou, há comandantes de corporações de bombeiros do distrito que não concordaram com a disposição de meios de combate aos fogos. “Há concelhos mais centrais que Macedo de Cavaleiros ou Moncorvo, que permitem maior abrangência e rapidez de actuação”, defendeu um operacional que prefere manter o anonimato.