Há sempre uma primeira vez

A equipa transmontana nunca conseguiu segurar no jogo. Na primeira parte, o Bragança, apenas, criou uma excelente ocasião, mas o guardião Rui Ribeiro esteve melhor perante Marco Móbil. No entanto, minutos antes, Osaias obrigou Ximena a uma espectacular defesa, na sequência de um livre, que deixaria Fernando Silva maltratado e a levar alguns pontos. Mas, o defesa bragançano continuou a partida com grande espírito de sacrifício e, refira-se, com muito brio profissional.
O jogo era pobre de um lado e do outro e o público não gostava, pois mostrava quase sempre o seu desagrado quando a equipa da casa não conseguia jogar bem.
O Bragança mostrou-se lento e apático, revelando muito cansado. Por seu lado, os donos da casa trocavam melhor a bola e chegavam mais vezes à baliza de Ximena, adivinhando a qualquer minuto um golo, que aconteceria na etapa complementar.

A formação transmontana teve um dia muito mau, fruto do cansaço, pois há pouca rotatividade na equipa

No reatamento bastaram 10” de jogo para ver uns visitantes mais atrevidos, mas pronto o treinador Jorge Regadas acabou com tentativa do Bragança pegar na partida. Desta forma, a turma local mudou o esquema táctico e passou a actuar com quatro homens na frente, levando a defesa forasteira a perder-se por completo. De facto, a nova linha avançada do Freamunde originou muitas falhas de concentração nos pupilos de Lopes da Silva. A formação transmontana teve um dia muito mau, fruto do cansaço, pois há pouca rotatividade na equipa. De resto, quando não há banco e não se tem ponta de lança, pouco ou mais se pode pedir.
Destaque para Ximena, que defendeu uma grande penalidade com classe, estando sempre atento e seguro, roubando, na altura, o que seriaM os 2-0 e, provavelmente, o caminho para uma goleada. Mesmo sofrendo 3 golos, o guardião evitou outros tantos e, por mais incrível que pareça, não foi o Freamunde a criar as oportunidades, mas sim a defesa do Bragança, que ofereceu de mão beijada os golos.
O Juiz de Coimbra começou mal, como o Bragança, mas aos poucos foi emendando os seus erros, um dos quais muito grave, quando interrompeu uma jogada de ataque perigoso do Bragança, com quatro jogadores canarinhos só para dois defesas locais, para mostrar um amarelo.
Os transmontanos têm, agora, quinze dias para arrumar a casa, pois ficaram isentos na Taça de Portugal.

Estádio Municipal

Árbitro – João Henrique (AF Coimbra)

Freamunde – Rui Ribeiro; Rui Costa, Orlando, Marcão e Filipe; André Lisboa e Osaias; Joca, Eduardo e Bock.
Jogaram ainda – Milton, Barbosa e Brandão.
Treinador – Jorge Regadas

Bragança – Ximena; Fernando Silva, R Gil, Carlitos e Toni; Marco Mobil, Rui Borges e Vinícius;
Rui Nelson, Pedrinha e Ademar.
Jogaram ainda – Pizzi, e Luís Rodrigues
Treinador – Lopes da Silva

Amarelos – Filipe 10’, Fernando Silva 27’, Ademar 32’, Ximena 63’, Pedrinha 64’, Marcão 81’, Barbosa 83’ e Cadete 90+3’.

Ao intervalo – 0-0
Resultado final – 3-0
Marcadores – 1-0, Osaias 55’; 2-0, Osaias 72’ e 3-0, Orlando 90”.