Ter, 31/01/2006 - 15:29
Segundo a direcção da ACISM, estas unidades comerciais, a serem instaladas no concelho, podem pôr em causa o equilíbrio do comércio tradicional, tendo em conta a implementação de políticas agressivas de preços, em especial no ramo alimentar.
A ACISM garante, porém, que não está contra a criação de postos de trabalho ou políticas de preços mais baixos, mas alega que os malefícios são superiores aos benefícios. “Muito provavelmente, os investidores retiram mais benefícios do concelho do que trazem e os postos de trabalho são, em muitos casos, para pessoas de outras regiões, com contratos de trabalho a termo certo ou vínculo precário”, alegam os representantes dos comerciantes.
Instalação rejeitada
Estas foram algumas das justificações apresentadas na Direcção-Geral de Economia do Norte (DGEN), no sentido de vincar a posição da ACISM.
Numa recente reunião de trabalho com a DGEN, a Câmara Municipal de Mogadouro e a ACISM reprovaram o pedido de instalação duma média superfície no concelho, situação que, apesar de não ser definitiva, poderá adiar o processo por mais alguns meses.
De acordo com o presidente da ACISM, Horácio Sá, “o pedido de instalação do hipermercado foi inviabilizado, mas, de futuro tudo pode acontecer”. De qualquer forma, foi criada uma comissão que tem como parceiro a Câmara e Assembleia Municipal, que terá, sempre, uma última palavra a dizer no tocante à aprovação de todo processo de concessão e instalação de médias superfícies comerciais.
No concelho de Mogadouro residem 11.400 mil habitantes, que têm há disposição cerca de 80 estabelecimentos de venda de produtos alimentares.