Grijó condena o encerramento da escola

PUB.

Qua, 01/03/2006 - 10:04


“Vamos continuar até termos uma resposta”. Esta é a de alguns habitantes de Grijó, Macedo de Cavaleiros, que não querem ver fechar a escola primária da aldeia.

Após o envio de um abaixo-assinado ao Ministério da Educação (ME), com 262 assinaturas e que ficou sem resposta, encarregados de educação, população e a Junta de Freguesia de Grijó (JFG) decidiram avançar com uma medida mais drástica. Fechar os portões da escola a cadeado foi a solução encontrada pelos contestatários para demonstrarem o seu desagrado face à decisão da Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) em encerrar o estabelecimento de ensino. A população não compreende esta posição, uma vez que, “este ano, só temos nove alunos, mas para o ano estão previstas 15 a 17 crianças”, avançou o presidente da JFG, António Salselas. Contudo, esta atitude da DREN não é o único factor de discordância dos manifestantes. A resolução em transportar as crianças de Grijó para a aldeia vizinha de Bornes também é motivo de reclamações. “Não faz sentido nenhum fechar a nossa escola e enviar os alunos para Bornes, quando somos parte integrante da cidade”, acrescenta o autarca. Recorde-se que Grijó fica mais perto de Macedo do que de Bornes, pelo que as crianças estão mais habituadas à sede de concelho.

Protestos vão continuar

Caso não haja nenhuma resposta aceitável por parte do ME, os manifestantes garantem que as medidas vão voltar a ser tomadas. “Unimo-nos todos contra isso e voltamo-nos a unir se for preciso”, afiançou uma habitante, Maria Afonso.
Como as aulas só são serão retomadas amanhã, na falta de uma decisão favorável, os portões da escola vão ser trancados com cadeados. Consequentemente, também o jardim-de-infância vai suspender a sua actividade, uma vez que, o edifício localiza-se no mesmo espaço, sendo a entrada comum aos dois estabelecimentos.