Ter, 14/11/2006 - 15:26
A partida até começou bem para os transmontanos, pois pegaram no jogo a meio campo, obrigando os algarvios a refugiarem-se atrás da linha da bola. No entanto, os pupilos de Lopes da Silva erraram, no período inaugural, uma mão cheia de passes para as laterais, para o espaço de ninguém. Pedrinha foi o jogador mais sacrificado nesse período, pois fazia de lateral, médio e de extremo. O Imortal defendia compulsivamente, restando-lhe o envio de bolas em profundidade para o seu ataque. Num desses lançamentos, Maquemba aproveita, com a sua enorme velocidade, uma desatenção da defesa e, aos 8”, coloca os algarvios em vantagem. O golo não vinha na melhor altura para os bragançanos, nem sequer era justo. Contudo, a turma de Lopes da Silva manteve a serenidade e reagiu, embora com um futebol afunilado pelo meio terreno e sem possibilidades de entrar na, bem escoltada, área visitante. Lopes da Silva, notando o fraco jogo pelas alas, tirou Ademar aos 35”, para dar lugar a Júnior. A equipa melhorou o seu futebol, com maior explosão nas linhas, mas o perigo ainda era muito pouco. A segunda parte trouxe clarividência e esclarecimento aos visitados, que apostaram nas mudanças de velocidade do recém - entrado Tony e na magia de Borges no corredor esquerdo. Aos 61”, Mobile concretiza da melhor forma uma jogada construída ao primeiro toque. Uma triangulação perfeita entre Toni, Pedrinha e Mobile. O Imortal ruiu completamente no segundo tempo, vindo ao de cima a fé e a alegria do futebol da casa. Os forasteiros chegaram uma única vez à baliza de Ximena e, curiosamente, deu em golo aos 87”. Moutinho bateu o canto e encontrou a cabeça de Maquemba que repôs a vantagem no marcador. Todos os bragançanos tremeram com o golo do Imortal, resignando praticamente o público. Mas, o alento acelerou quando Rui Borges passou por toda a gente no lado direito e ofereceu o golo ao batalhador Cascavel, que encostou para o 2-2 e para o prolongamento.
O prolongamento só viu o G. D. B em campo, por isso, adivinhava-se o tento vitorioso a qualquer instante. À passagem do minuto 100, os visitados beneficiam de um livre à entrada da área. Júnior, confiante, bate o livre de forma exímia, ultrapassando a barreira para só parar no fundo das redes do guarda – redes Diogo. O resultado de 3-2 foi justo e só não foi mais dilatado devido à inspiração de Diogo, que efectuou 4 ou 5 defesas do encontro.
O juiz José Carlos Silva de Braga veio enganar toda a gente num grande jogo de futebol.
Árbitro – José Carlos Silva (A.F. Braga)
Assistente (bancada) – Arménio Ferreira
Assistente (superior) – António Rodrigues
G.D. Bragança – 1 Ximena; 3 Fernando Silva, 13 Vinicius, 20 Pedrinha, 17 Pires; 6 Carlitos (Tony 46”), 18 Rui Nelson, 71 Ademar (11 Júnior 35”), 8 Mobil (19 L. Rodrigues 80”); 10 Rui Borges e 9 Cascavel.
Treinador – Lopes da Silva
Amarelos – Ademar 14”, Carlitos 18”, Pedrinha 51”, Tony 83”e Pires 112”.
Imortal Albufeira – 1 Diogo; 3 Baltazar, 5 Antunes, 25 Lucas (30 Bóbó 82”), 19 Mota; 17 Celso, 28 Moutinho, 11 Ramon (4 Marco 73”); 21 Vicente, 14 Maquemba e 23 Jacaré (8 Osório 46”).
Treinador – José Fernandes
Amarelos – Moutinho 36”, Osório 60”, Ramon 66”, Baltasar 70”, Maquemba 87” e Vicente 112”.
Ao intervalo – 0 – 1
Resultado final – 3-2, após prolongamento.
Marcadores – 0-1, Maquemba 8”; 1-1 Mobile 61”; 1-2, Maquemba 86”; 2-2, Cascavel 90+2”; 3-2, Júnior 100”.