Ganhar antes da Taça

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Ter, 04/10/2005 - 15:22


Excelente partida de futebol disputada por duas equipas tacticamente muito fortes e de elevadíssimos níveis técnicos, sem amolecimentos na atitude, a alta velocidade, irrepreensíveis na correcção, e de procura constante ao golo.

Quer isto dizer que os golos marcados ficaram muito aquém das oportunidades criadas, e que a sementeira de cartões amarelos, 11 no total dando dois deles origem a um vermelho, em nada correspondem a uma partida que valeu, em muito, pela extrema correcção com que foi disputada.
De rajada e ainda com as equipas no estudo mútuo, um lance de laboratório dá muito perigo para a baliza de Menezes que teve de se aplicar justificando a escolha e a confiança que a equipa técnica alvi-negra nele depositou. Mas os homens da casa não se intimidaram, rapidamente equilibraram e com naturalidade como lhes competia, passaram a tomar conta do jogo do meio campo e a construir o maior volume de situações de perigo na zona do golo.
Inteligentemente, os homens do Alto Minho, adoptaram uma toada mais defensiva sem deixar de espreitar todas as oportunidades para o contra ataque venenoso, com que se atingiria o intervalo aceitando-se o empate mas não o nulo.
Com uma entrada a todo o gás para a etapa complementar, os alvi-negros de Mirandela passam para a dianteira por Hugo Costa com uma assistência de meio golo de Eduardo, que faria o 2-0 à matador, agora com assistência primorosa do Capitão Rui Lopes. Que pelo meio falharia duas tentativas de concretização de um castigo máximo, a primeira disparando ao poste e depois permitindo uma defesa fabulosa ao keeper cerveirense.
Depois da guerra dos bancos, e também pela cedência táctica do meio campo ao adversário por parte do Mirandela, o Cerveira recuperou dos dois golos e da pressão de jogar com menos uma unidade expulsa no lance do castigo máximo, e o jogo voltou ao fulgor competitivo, regressando a emotividade ao prélio.
Com o 3-0 a fugir ao Mirandela em 3 situações muito boas por culpa do keeper Matias, o Cerveira acabaria por reduzir com um excelente golo de Júnior, fazendo dos momentos finais um hino ao futebol. Com os locais a querer matar o jogo e os forasteiros empata-lo.
Quanto ao trabalho do Trio de Arbitragem, complicaram aquilo que estava fácil, cometendo erros que ninguém esperaria num trio desta categoria. Como já os vimos assinar arbitragens de se lhe tirar o chapéu e não beneficiaram qualquer uma das equipas, têm atenuantes porque, uma tarde menos boa pode acontecer a todos! …

Jogo no Estádio de S. Sebastião em Mirandela, relvado quase bom, assistência abaixo do habitual (devido às caravanas partidárias), tarde de sol e calor intenso

Trio de Arbitragem da A. F. Vila Real: Nuno Bento, Luís Fraga, Fernando Nunes - classificação de 0 a 10 – 5,5

Mirandela 3x5x2
Menezes-5, Fábio Pinto-5 (sub-cap) (Luís Moreno-5 70’), Pinto-6, Ramalho-5, Didácio-6, Sanny-5, Veiga-5, Rui Lopes-5 (cap), Eduardo-5, Luizinho-5 (Jorge-91 !), Hugo Costa-5
Não utilizados: Paulo Cunha, Bernardino, Tony, Luís Carlos
Disciplina: C.A. a Rui Lopes 31’, Menezes 41, Luizinho 67’, Sanny 77’, Hugo Costa 82’, Ramalho 93’
Melhor jogador: Pinto / Didácio
Técnico: Carlos Correia

Cerveira 4x4x2
Matias-6, Nuno Vaz-5 (cap), Pedro Galvão-5, Jójó-5 (André-5 69’), Henrique-5, Hélder-5 (Mário-5 56’), Gomes-5, Paulinho-5, Moisés-5 (Júnior-5 68’), Israel-6, Hermes-5
Não utilizados: João, Pele, João Araújo
Disciplina: Henrique 46’, Gomes 48’ e 53’ (C.V. p/acum), Israel 60’, Jójó 63’
Melhor jogador: Matias / Israel
Técnico: Tiano Faria

Marcha do marcador: 0-0 ao intervalo - 1-0 Hugo Costa 46’, 2-0 Eduardo 63’, 2-1 Junior 78’