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Galheteiros transmontanos à mesa

Ter, 07/03/2006 - 15:50


As cooperativas de olivicultores de Vila Flor, Valpaços e Murça já estão a embalar azeite em galheteiros de tampa inviolável e em doses individuais, para que este produto possa chegar à mesa dos restaurantes.

Recorde-se que a nova lei proíbe o uso dos tradicionais galheteiros nas unidades de restauração. Agora, o azeite só pode ir à mesa acondicionado em embalagens de dose individual ou em garrafas que disponham de um sistema de protecção que não permita a sua reutilização, após o esgotamento do conteúdo original referenciado no rótulo.
Recorde-se que no passado mês de Janeiro, altura em que a lei entrou em vigor, os empresários da restauração de Bragança lamentavam o facto de não encontrarem, nos fornecedores habituais, azeite da região transmontana com o formato exigido por lei.
No entanto, a cooperativa de Vila Flor já comercializa azeite em garrafa com tampa inviolável há cerca de dois anos, enquanto a cooperativa de Murça arrancou em Novembro do ano passado com embalagens de 500 e 700 mililitros (ml) e já disponibilizava, há mais de três anos, garrafas unidose de 25 ml.
Já a Cooperativa dos Olivicultores de Valpaços (COV) lançou este produto, com a marca “Rosmaninho”, no início do passado mês de Fevereiro.
Segundo o presidente da direcção da Cooperativa de Olivicultores de Vila Flor (COVF), Hélder Teixeira, é difícil competir com as marcas nacionais, visto que estas têm um sistema de comercialização mais abrangente.

Azeite e vinagre com
tampa inviolável

“Não temos agressividade para podermos concorrer com essas marcas, porque eles dedicam-se mais à actividade comercial, enquanto nós apostamos mais na produção”, acrescentou o responsável.
Apesar do azeite da região ser uma miragem em grande parte dos restaurantes transmontanos, os responsáveis das cooperativas que comercializam este produto garantem que têm conseguido escoar o azeite que embalam neste formato.
Vendido de norte a sul do País, o azeite transmontano está a ser canalizado em quantidades significativas para os ramos da hotelaria e da restauração.
A COV já lançou 10 mil garrafas de azeite em embalagem inviolável, um número que, segundo o director de serviços da cooperativa, José Ventura, pode ascender às 100 mil garrafas de 0,5 cl e 25 ml por ano.
Na óptica do responsável da COVF, os restaurantes deviam procurar o produto nas cooperativas da região, que apostam mais na venda directa, dado que a qualidade do produto é garantida.
Quanto ao preço, José Ventura afirma que apesar do azeite de Valpaços ter Denominação de Origem Protegida, o preço não difere das marcas nacionais, embora considere que a qualidade é superior, uma posição partilhada pelo responsável da Cooperativa Agrícola dos Olivicultores de Murça, Eduardo Borges.
A par do azeite, as cooperativas também estão a apostar na produção e comercialização de vinagre com cápsula inviolável.