Foz do Sabor a banhos

PUB.

Qua, 23/08/2006 - 09:58


Os utilizadores da praia fluvial da Foz do Sabor, em Torre de Moncorvo, já podem nadar despreocupadamente naquela zona balnear. Após a interdição, entre 2001 e 2005, daquele local de banhos, para a aplicação de programas de melhoramento da qualidade da água, o Instituto da Água (INAG) apresentou análises que aprovam a utilização da praia fluvial.

Deste modo, a zona balnear foi reintegrada, este ano, na lista oficial da União Europeia. Desde então, o seu controlo tem sido realizado, semanalmente, pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e os resultados desta monitorização têm sido afixados na praia.
Assim, desde 15 de Maio deste ano até ao passado dia 13, os valores têm variado entre “bons” e “aceitáveis”, conforme a taxa de coliformes fecais, totais e estreptococos fecais registados. Estas avaliações são consideradas compatíveis com a prática balnear, uma vez que não colocam em risco a saúde pública.
Além da Foz do Sabor, as análises deveriam também incidir, segundo o presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, Aires Ferreira, sobre todo o rio. “A poluição vem de outros locais e, além disso, não é só na praia fluvial que as pessoas se banham”, defende o autarca.

Problema ultrapassado

Recorde-se que a praia fluvial da Foz do Sabor esteve interdita a banhistas entre 2001 e 2005, a fim de se efectuarem melhoramentos por parte da CMTM. A situação segundo Aires Ferreira, “ teve um impacto despropositado, uma vez que foram divulgados resultados de análises pontuais e não sistemáticos”. O responsável lamenta, ainda que, “ninguém tenha tentado conhecer e averiguar as causas do problema”.
Esta situação, na óptica do autarca, trouxe alguns obstáculos ao investimento naquela área, como a construção de uma piscina fluvial.
Também a divulgação e promoção da zona balnear ficou ligeiramente comprometida, uma vez que a interdição da praia da Foz do Sabor ainda está presente na memória das pessoas. “Ainda não estão reunidas todas as condições para que possamos desenvolver a divulgação da zona balnear”, lamentou o edil.
Actualmente, segundo as análises divulgadas pelo INAG, o problema está ultrapassado e, ainda que algumas semanas registem valores “aceitáveis”, a verdade é que as taxas de coliformes fecais e totais estão dentro dos parâmetros aconselháveis à prática balnear.