Fogos: mais vale prevenir

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Ter, 04/04/2006 - 14:36


O secretário de Estado da Administração Interna, Ascenso Simões, apresentou ontem, em Bragança, as linhas de acção do Governo a nível da Protecção Civil.

A sessão de trabalhos levou ao debate as iniciativas nesta área e a preparação da época de incêndios para que se avizinha. Outro dos temas em cima da mesa foi a capacidade que os diversos municípios têm em intervir em nome da defesa das suas florestas.
O secretário de Estado falou da existência de novidades relativamente ao combate aos fogos florestais. “Há uma nova forma de abordagem e de intervenção”, salientou o responsável, referindo-se ao recente modo de actuação das forças de segurança.
Ou seja, até à data os bombeiros faziam a protecção de pessoas e bens, em condições de normalidade, tendo em conta o atraso com que os alertas eram dados, devido à falta de capacidade de comunicação. Actualmente, pode-se avançar com uma primeira intervenção pré – posicionada dos meios, através dos instrumentos que o Instituto de Meteorologia (IM) assegura. Por isso, é possível calcular o índice de risco para determinado dia. Esta novidade, na óptica do responsável, “vai permitir um combate ao incêndio florestal com equipas destinadas somente para esse fim. Já a intervenção em termos de pessoas e bens só será efectuada por grupos preparados para isso”.

Escola de Bombeiros
continua em Bragança

Para Ascenso Simões é importante que a Escola Nacional de Bombeiros (ENB) se mantenha em Bragança. Contudo, sublinhou o responsável, “queremos que permaneça mas, com valências diferentes das que existem noutros pólos da ENB”.
Para isso, é necessário o estudo e a análise, em conjunto com as diferentes instituições distritais, para decidir qual o melhor local para a instalação definitiva da instituição.
Relativamente às ansiadas obras no quartel dos Bombeiros Voluntários de Bragança, o secretário de Estado reconheceu a necessidade duma intervenção e de encontrar uma solução para resolver os problemas estruturais daquele espaço.
Contudo, o governante sublinhou que só no segundo semestre deste ano é que as actividades de reabilitação poderão avançar. “O financiamento de obras faria aumentar a factura e, não o podemos fazer, enquanto não resolvermos as situações pendentes do passado”, afirmou Ascenso Simões.