Festas?

Um deles é a Concentração Motard, que já esteve considerada a segunda melhor do País, mas hoje já está muito longe do pódio.
Em tempo de vacas magras, os motociclistas preferem participar em eventos “mais à mão” e a falta de capacidade financeira pode ser uma das explicações para a crescente diminuição do número de motas na concentração organizada pelo Motocruzeiro. Esta, contudo, não é a principal justificação. O programa de actividades quase não sobre alterações de uns anos para os outros e sente-se a necessidade de acrescentar ao cartaz iniciativas capazes de atrair os milhares de motards que diziam presente noutros tempos.
Outro dos eventos que carece duma lufada de ar fresco são as Festas da Cidade, que correm o risco de se transformarem num festival de música ao ar livre e gratuito, dada a sucessão de concertos em curto espaço de tempo e sempre no mesmo local.
Tem sido assim desde que se cometeu o “pecado” de concentrar as festividades no Parque Eixo Atlântico, ferindo de morte o centro da cidade, numa altura propícia ao movimento de cafés e esplanadas.
As actividades paralelas no decorrer das Festas diminuem de ano para ano e, se não fosse o excelente concerto de Mariza, nem sequer o Castelo teria direito a espectáculo musical. Recorde-se, porém, que a artista passou por Bragança em digressão nacional e valeu a coincidência de datas para a Cidadela respirar algum ambiente de festa.
Quanto às restantes zonas da cidade, a atmosfera festiva não vai além das iluminações, pois até a música está ausente das ruas, ao contrário do que sucedeu em anos anteriores. Se este figurino prevalecer nas próximas edições, a animação que sobra no Parque Eixo Atlântico vai continuar a faltar no centro, que deveria ser a sala de visitas em momentos tão simbólicos como as festividades em honra de Nossa Senhora das Graças. A Santa “mora” numa igreja do centro, mas as festas partiram para bem longe…