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Feira mascarada

Ter, 13/12/2005 - 14:59


A máscara angolana é a grande novidade da segunda edição da Feira da Máscara, que decorre até à próxima quinta-feira, no Mercado Municipal de Bragança.

Cerca de dez artesãos do Nordeste Transmontano e um artesão de Angola mostram máscaras de diversas cores e formatos, que representam parte da cultura dos dois povos.
As máscaras transmontanas têm uma dupla funcionalidade, visto que tanto são usadas para decoração como pelos grupos de caretos da região. Em madeira, em chapa ou em cerâmica, estes disfarces são criados pelas mãos dos artesãos do distrito de Bragança, que têm orgulho em elaborar objectos intimamente ligados à identidade nordestina.
As máscaras angolanas, por sua vez, são usadas para fins ornamentais, uma vez que simbolizam os rituais dedicados ao culto da máscara naquele país.

Artesã aposta na
máscara em cerâmica

Na óptica da vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Bragança, Fátima Fernandes, esta iniciativa permite aos artesãos mostrarem e comercializarem os seus trabalhos manuais ligados à máscara.
Este ano, a Mascararte abriu as portas à cultura angolana, dado que, segundo Fátima Fernandes, tal como em Portugal, também é no nordeste de Angola que os rituais da máscara estão mais enraizados.
A par das máscaras, os artesãos também expõem diversos objectos ligados a esta temática, nomeadamente canecas, miniaturas, entre outros objectos decorativos.
As máscaras em cerâmica são, igualmente, uma novidade que pode ser encontrada nesta Feira da Máscara. A artesã Julieta Alves, de Pinela, conta que, actualmente, estes disfarces são usados, apenas, para fins decorativos, mas considera que podem vir a ser usadas pelos caretos do Nordeste Transmontano.
“A máscara em cerâmica é bastante leve e, se for forrada, pode perfeitamente ser usada. Contudo, as pessoas costumam comprar estas peças para decorar a sua casa”, conclui a artesã, também conhecida pelas cantarinhas em barro.