Ter, 20/06/2006 - 15:43
A falta de visitantes e as vendas reduzidas contribuíram para a desilusão dos livreiros e da própria organização do certame.
O presidente da Junta de Freguesia da Sé, Paulo Xavier, afirmou que não ficou admirado com a falta de visitantes, visto que a crise ainda se faz sentir nos bolsos de todos os portugueses, e os bragançanos não são excepção.
“Dou o exemplo das Feiras do Livro de Lisboa, Porto, Coimbra e Braga, que são feiras de referência, onde tanto o número de visitantes como a comercialização de livros estiveram muito aquém das expectativas”, salientou o responsável.
Paulo Xavier salientou, ainda, que enquanto não houver uma política de apoio ao livro, para que os preços sejam reduzidos, as feiras do livro vão continuar com índices de comercialização muito baixos.
“A crise faz-se sentir em todo o País e, quer queiramos quer não, o livro está na linha do supérfluo. Além disso, não está ao alcance de todos os cidadãos ”, acrescentou o autarca.
Na óptica de Paulo Xavier, a Praça da Sé é um local com centralidade, a feira do livro teve bons livros, excelentes escritores e animação de grande qualidade. Contudo, faltaram visitantes e, sobretudo, compradores.
A edição do próximo ano vai ser repensada em conjunto com os livreiros, no sentido de procurar alternativas para cativar os munícipes.