Ter, 09/05/2006 - 15:11
Na passada quarta-feira, a maioria dos expositores fizeram um balanço negativo do certame, apontando a falta de sinalização e a chuva como as principais razões para o “insucesso” nas vendas.
A chuva que caiu durante a tarde do último dia do evento deixou a Praça Camões completamente alagada, o que motivou algumas críticas por parte dos comerciantes de artesanato.
“Está aqui uma obra nova que, quando chove, não nos oferece condições nenhumas. A água chegou a invadir alguns stands”, enfatizou a artesã Glória Oliveira.
Além disso, os expositores também apontaram o dedo à falta de sinalização do certame, dado que muitas pessoas percorreram vários pontos da cidade à procura da Feira de Artesanato, sem encontrarem qualquer indicação.
Lucros não chegaram
para as despesas
“A feira devia ter sido mais divulgada. Houve muitos turistas que se queixaram pelo facto de não haver indicações. Para quem vem de fora é muito complicado encontrar o local sem placas informativas”, realçou Julieta Alves, uma artesã de Pinela, concelho de Bragança,
Para quem fez centenas de quilómetros para participar na Feira de Artesanato de Bragança, as vendas não foram suficientes para cobrir as despesas.
“As vendas foram fracas e a despesa muito grande. Esta costumava ser uma boa feira, mas este ano foi muito fraca”, salientou Glória Oliveira, que se deslocou de Sever do Vouga (Aveiro).
Na óptica dos artesãos, a realização da Feira de Artesanato em paralelo com a Feira das Cantarinhas não foi suficiente para atrair visitantes, razão que leva a defender a realização dos dois certames no mesmo espaço.
“Acho que a feira do artesanato devia ser junta com a das Cantarinhas, porque houve muita gente que se deslocou lá para cima e aqui não passou ninguém”, lamentou Amândio Torrão, artesão de Sendim.
Para a edição do próximo ano, os artesãos gostariam que ver algumas mudanças, nomeadamente a diminuição do preço dos stands e a melhor localização e divulgação do certame.