class="html not-front not-logged-in one-sidebar sidebar-second page-node page-node- page-node-163189 node-type-noticia">

            

Faltam vigilantes nos parques

Ter, 14/02/2006 - 16:19


Os parques naturais do Nordeste Transmontano não têm vigilantes suficientes para palmilharem, diariamente, as centenas de hectares de floresta que constituem as áreas protegidas.

O Parque Natural do Douro Internacional (PNDI) dispõe, apenas, de dois homens que, para além de vigiarem a floresta, ocupam grande grande parte do tempo a avaliar os prejuízos causados pelos ataques do lobo selvagem que habita no parque.
Segundo o director do PNDI, Vitor Baptista, os recursos disponíveis para vigiar 85 mil hectares de área protegida são “precários”, uma vez que, quase todos os dias, os técnicos intervêm em questões relacionadas com ataques de lobos.
Para colmatar a ausência de vigilantes, o Parque foi obrigado a pedir a colaboração de uma Brigada da GNR, para fazer a fiscalização da área florestal durante todo o ano.
Na óptica de Vitor Baptista, se o número de vigilantes aumentasse, o trabalho dentro daquela zona protegida poderia ser mais intenso e mais coordenado.
“Com cinco vigilantes já se conseguiria fazer um trabalho satisfatório”, acrescentou o responsável.
O Parque Natural de Montesinho (PNM) também faz parte da lista das áreas protegidas que precisa de reforçar o número de vigilantes para garantir uma fiscalização eficaz nos 74 mil hectares de área protegida.

Vinhais precisa de vigias

Contudo, o número de vigilantes que palmilham aquele parque, que abrange os concelhos de Bragança e Vinhais, é superior aos recursos humanos do PNDI, que integra zonas dos concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta e Figueira de Castelo Rodrigo.
No PNM, 11 técnicos estão responsáveis pela fiscalização, vigia, apoio à educação ambiental, acompanhamento dos prejuízos causados pelo lobo, apoio aos agricultores e corte de arboredo.
Segundo o director do PNM, Jorge Dias, os vigilantes, apoiados por três viaturas, têm demasiadas tarefas diárias, pelo que, muitas vezes, é complicado deslocarem-se a todas as zonas do parque.
Além disso, os técnicos encontram-se concentrados em Bragança, o que provoca um vazio na área de Vinhais do Parque, bem como dispêndio de tempo e de custos para em sucessivas viagens entre os dois concelhos.
Na óptica de Jorge Dias, esta situação pode ser resolvida com a contratação de mais três técnicos, para actuarem a tempo inteiro na área de Vinhais do PNM.

Reforço no Verão

Na época de Verão, propícia ao aparecimento de fogos florestais, os parques naturais estabelecem protocolos com autarquias e associações de produtores florestais, para reforçarem a vigilância do património natural.
Durante a época crítica, os parques são obrigados a fazer um esforço financeiro capaz de suportar planos de actuação eficazes no combate aos fogos florestais.
No ano passado, o PNDI dispendeu cerca de 75 mil euros na prevenção dos incêndios. Já o PNM investiu cerca de 50 mil euros para colocar equipas em locais estratégicos do Parque, nomeadamente em Espinhosela e Deilão.
Este ano, particularmente seco, os parques naturais vão reforçar os meios, alargar a época de vigilância intensa (de Maio a Novembro) e apostar na limpeza de acessos e de mata.