Ter, 16/05/2006 - 14:27
Após a assinatura do documento, que decorreu na passada quarta-feira, a coordenadora da Sub-Região de Saúde de Bragança, Berta Nunes, salientou que este é, apenas, o primeiro passo no que diz respeito aos exames de Saúde, dado que, a curto prazo, pretende-se facilitar a troca de informação entre Centros de Saúde e Hospitais.
“Por exemplo, um doente quando tem alta de uma consulta hospitalar, muitas vezes, leva uma carta que tem que entregar ao médico de família e acaba por perder tempo. Nós pretendemos que essa informação passe directamente para o Centro de Saúde”, acrescentou a responsável.
Apesar de já existir um acordo entre a ARS e os hospitais nesta área, Berta Nunes explica que este protocolo visa avaliar a capacidade de resposta dos hospitais nas diversas áreas dos meios complementares de diagnóstico.
Serviços privados superam falhas
A radiologia é um dos serviços com uma baixa capacidade para a realização de exames, devido à falta de profissionais de saúde.
“Na área da radiologia e cardiologia a nossa capacidade é limitada, porque só temos três médicos fixos: um em Mirandela e dois em Bragança”, realçou o director clínico do CHN, Sampaio da Veiga.
Já ao nível da patologia clínica, nomeadamente nas análises, a resposta é praticamente assegurada.
No entanto, o presidente do conselho de administração do CHN, Henrique Capelas, realça que, quando as unidades hospitalares não têm possibilidade de assegurar os exames com a rapidez necessária, há contratos com entidades privadas para satisfazer as necessidades dos utentes.
Em relação à compra de serviços aos privados, Sampaio da Veiga afirma que, muitas vezes, trata-se de serviços que, se estivessem instalados nas unidades hospitalares do Nordeste, ficavam mais caros do que comprados.
Berta Nunes enaltece a importância de responder rapidamente aos utentes com serviços de qualidade, principalmente nas áreas da radiologia e da cardiologia, em que é necessário recorrer a serviços privados.