Faleceu José Luís Baptista

Ao 70 anos, o professor primário que decidiu abraçar a vida empresarial, foi sepultado no cemitério de Torre D. Chama, no passado dia 25 de Outubro.
Vítima de doença prolongada, José Luís Baptista era natural do Felgar, Torre de Moncorvo, e foi naquela vila do concelho de Mirandela, terra natal da esposa, que iniciou a actividade docente.
No funeral, muitas foram as pessoas que se deslocaram à Torre de Dona Chama para se despedirem do amigo que partiu. Autarcas, sócios, empresários, parceiros de negócios, funcionários e ex-funcionários participaram nas cerimónias, a par dos familiares e inúmeros amigos.
O professor, como lhe chamavam mesmo depois de ter deixado a docência, começou a leccionar na Torre de Dona Chama, nos anos 60, quando ensinava às crianças a magia das primeiras letras.

Além do dinamismo empresarial, o professor era uma porta sempre aberta no auxílio a instituições de solidariedade social, associações desportivas e corporações de bombeiros.

Em 1970, ainda como docente, iniciou-se no mundo dos automóveis pela mão do seu amigo Jaime Ruivo, com a marca Datsun, com stand instalado na rua Guerra Junqueiro. Outras empresas criou este homem do Nordeste ao longo da sua vida, que deu emprego a centenas de pessoas e em todas deixou um amigo. Aliás, muitos dos 250 trabalhadores que hoje prestam serviço nas firmas por ele participadas, lembram com saudade um homem que soube criar riqueza na cidade que o recebeu. E, mesmo os que seguiram o seu caminho noutras empresas, não quiseram deixar de participar no último adeus ao antigo patrão.
Em vida, José Luís Baptista tinha participação nas seguintes empresas: Chamauto, Moncorvauto, Domuscar, Petrotuela, Petrograndais, Beatas, Petrochama, Tuacar, Sotua, Bago, Petrovinhais, Alfândegacar e Petrosabor.
Além do dinamismo empresarial, o professor era uma porta sempre aberta no auxílio a instituições de solidariedade social, associações desportivas e corporações de bombeiros.
Eis alguns dados biográficos de um empresário que esteve sempre na linha da frente e, certo dia, afirmou: “as minhas empresas são ricas, mas os sócios são pobres”, o que denota o sentido de responsabilidade com que encarava a vida empresarial.