Fachadas recuperadas na Cidadela

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Ter, 17/05/2005 - 16:09


A Câmara Municipal de Bragança (CMB) vai investir 450 mil euros na recuperação de fachadas e telhados da cidadela.

A assinatura do auto de consignação da empreitada, que tem um prazo de execução de oitos meses, decorreu ontem, no cenário da Domus Municipalis.
Contas feitas, em Janeiro ou Fevereiro do próximo ano a cidadela terá cara nova.
A medida, denominada “Obras de Fachadas ao abrigo da Rota da Terra Fria”, prevê intervenções em 36 edifícios públicos e privados, pelo que a autarquia já assinou protocolos com os proprietários das moradias abrangidas pelo projecto.
Segundo o presidente da CMB, Jorge Nunes, as obras são financiadas em 75 por cento por fundos comunitários, ficando a cargo dos particulares a comparticipação dos 16 por cento das despesas. A autarquia, por seu lado, assegura as obras e o financiamento restante. “A Câmara disponibiliza-se para fazer a obra e os privados comprometem-se a aceitar a intervenção e a comparticipar os investimentos em 16 por cento”, explicou o edil.
O grande objectivo do projecto, integrado no Pacto para o Desenvolvimento da Terra Fria Transmontana, é limpar a imagem da cidadela de Bragança, através da recuperação das fachadas e dos telhados de imóveis degradados. “Esta mudança na imagem da cidadela é fundamental para a dinamização social e económica desta zona da cidade”, considera o edil.

Alumínios na mira

Além das habitações dos particulares, a edilidade vai recuperar, também, dois imóveis que se destinam ao Museu da Máscara. Este projecto, contudo, não está incluído no programa “Obras de Fachadas ao abrigo da Rota da Terra Fria”, pelo que será financiado por outra medida de apoio.
O plano de intervenções foi elaborado pelo Gabinete Técnico Local, tendo por base estudos de caracterização realizados no âmbito do Plano de Pormenor para a Zona Histórica de Bragança.
Mas, nem só os imóveis degradados estão na mira da edilidade. No decorrer das obras, a CMB pretende, também, introduzir correcções nas habitações que foram recuperadas há poucos anos e onde foram utilizados, por exemplo, caixilharias em alumínio.
Assim, a utilização de materiais desajustados à cidadela é um dos aspectos a corrigir, seja através do programa apoiado pela Rota da Terra Fria, seja através do Plano de Pormenor e do regulamento da zona histórica, que a autarquia aprovou há três anos. “Todas as caixilharias de portas e janelas terão de ser feitas em madeira de castanho, tal como as coberturas, que serão feitas em madeira e telha”, garante Jorge Nunes.
Se tudo correr como previsto, aquela que é a zona da cidade mais procurada pelos turistas e, por isso, a sala de visitas de Bragança, terá uma nova imagem no início do próximo ano.