Facadas mortais

O duplo homicídio ocorreu por volta das 22 horas, no bar da associação daquela localidade, numa altura em que as vítimas se encontravam a ver televisão e foram surpreendidas pelo agressor. Trata-se de um ex-presidiário que estava em liberdade há cerca de 2 anos.
O alegado homicida, Adelino Gonçalves, de 47 anos, já tinha cumprido uma pena de prisão de 20 anos por diversos crimes, entre os quais homicídio. Quando foi posto em liberdade fixou-se em Codeçais e, segundo a população, fazia ameaças constantes às pessoas.
Esta situação motivou várias queixas junto da GNR e, até, do governador civil de Bragança, Jorge Gomes, que diz ter dado conhecimento da situação às autoridades, estando o ex-recluso já referenciado como perigoso nos ficheiros da GNR.
Mesmo assim, a tragédia acabou por acontecer, o que motivou um sentimento de revolta na aldeia.
As vítimas, Eduardo Jerónimo dos Santos, de 73 anos, e Delfim Neves, de 72 anos, residentes na Maia, tinham-se deslocado a Codeçais para passarem o Dia de Todos os Santos. Os dois amigos, um deles natural daquela localidade, tiveram morte imediata, dado que as facadas lhe terão atingido os órgãos vitais.
Perante este cenário, o indivíduo responsável pelo funcionamento do café conseguiu fugir pelas traseiras, dando o alerta às autoridades.
O alegado homicida ainda tentou a fuga, mas acabou por ser detido pelas autoridades. Após ter sido ouvido em Tribunal, em primeiro interrogatório, recolheu novamente à cadeia, aguardando julgamento em prisão preventiva.
A par da morte dos dois septuagenários, há cerca de 15 dias, o ex-recluso já tinha ferido numa perna, também com uma faca, a um elemento da Junta de Freguesia.