Ter, 21/11/2006 - 11:49
Pedro Monteiro lidera este quadro há 5 anos, tingindo objectivos dentro do espaço e tempo mogadourense. O lustro brilhou antiteticamente no cume desportivo do clube. A maior recompensa foi em 2003, com o cinto de campeão e subida ao Nacional, ao passo que a maior descida de Pedro, foi em 2001, após uma época pressagiada de Nacional não teve materialismo suficiente para a subida, que acabou por ser aproveitada pelo S.C. Mirandela.
Retomando o amadurecimento dos anos 90, a associação teve várias presenças na 3ª Divisão. Em 94, quase conseguia o maior feito da sua história, quando falhou por pouco a 2ª Zona Norte. Outro feito, digno de registo, foi a responsabilidade da Taça da Associação, ganha no primeiro ano do século XXI, que os tornou num dos grandes do futebol transmontano.
O plantel sénior consubstancia vinte essências mogadourenses, dispostas naturalmente pelos terrenos de jogo e limadas por Abílio Familiar, fazendo uso ao apelido. Já os escalões de formação garantem o cunho regional. Apesar de ser um campo com dimensões mínimas, apenas com as escolinhas e infantis, a direcção e técnicos ensinam as cores do futuro desportivo do Planalto.
Com a conclusão do grande palco futebolístico, o novo estádio municipal, o presidente garante todos os escalões de formação (escolinhas, infantis, juvenis e juniores) já para o ano. A aposta numa “empresa familiar” toma preponderância quando o dirigente diz que o clube reforçou-se, para a nova época, com juvenis e juniores mogadourenses. “Os vinte atletas, que compõem o nosso plantel, são todos do concelho, e assim funcionamos como uma família. Os que saíram eram jogadores feitos, estes ainda se estão a fazer, pois são muito jovens. Contudo, já têm dado muito que falar, quer na imprensa regional, quer no balneário dos nossos adversários”, adverte. Questionado sobre baixas em relação a 2005 / 2006, o responsável admite que “Bispo, Paulo e Valente eram enormes no campo e sempre dignificaram a colectividade”. No entanto, acrescenta, “a conduta de gestão/desportiva não permitiu a continuidade desses atletas, recaindo a aposta em jovens oxigenados pelo ar mogadourense”.
Subida depende de terceiros, mas uma grande escorregadela…. possibilita contra-ataque do Planalto
Tal como todos os clubes do Distrital, o FCM não consegue ser independente financeiramente. A autarquia tem apoiado incansavelmente o clube, com a construção de um estádio acima da média e os subsídios anuais. Os cerca de 55 placares publicitários e uma listagem de 300 sócios asseguram a robustez da equipa, que louva a mesada com esforço e dignidade em todos os jogos.
E quanto a resultados práticos? “Têm sido excelentes. Não podia estar mais contente com esta juventude, orgulha-se o dirigente. No entanto, “foi um desgosto termos saído tão prematuramente da Taça da Associação de Bragança, pois era um objectivo muito bem traçado por nós”, atira para canto o presidente. Na sequência do lance, coloca a bola na cabeça da arbitragem. “Tem falhado, como tem sido hábito, e não trabalha para progredir, sendo o oposto de todas as direcções que se esforçam para o melhoramento do futebol regional”, lamenta.
Frontal na análise da sua equipa, Pedro Monteiro considera que a melhor qualidade é a juventude e a saúde do balneário. “Os atletas mais velhos apadrinham os mais novos, de forma a dar-lhes confiança e conforto no clube”, conta. Por seu lado, a negatividade da equipa será, porventura, a inexperiência. “60 por cento desta equipa é formada por jovens que disputam pela primeira vez o Distrital de séniores e, por vezes, falta qualquer coisa neles. Mas com o tempo vamos corrigir”, passou o responsável.
Por último, o FCM traçou, à mão, a esquadria dos objectivos para a época em curso. Isto é, a subida tem entrada no dicionário e circunda a motivação dos jogadores. “Mas tudo vai depender da força das outras equipas, nomeadamente do Mãe d’ Água, pois não temos um plantel tão forte e equilibrado para dependermos de nós próprios”, finaliza o presidente do FCM.