Etnia cigana com mais formação

Através das entidades envolvidas, como a Sociedade Promotora de Formação (SoProFor) e a Pastoral dos Ciganos da Diocese de Bragança, os cursos tiveram como objectivo combater o analfabetismo das classes mais desfavorecidas socialmente e, consequentemente, contribuir para a sua inclusão na sociedade e no mercado de trabalho.
“Este curso, acima de tudo, alfabetiza-os, que era o grande entrave ao acesso e progresso profissional”, informou a directora do secretariado diocesano da Pastoral dos Ciganos de Bragança – Miranda, Fátima Castanheira.
A iniciativa, segundo a responsável, obteve resultados positivos, uma vez que os formandos conseguiram, através do curso de jardinagem, concluir o primeiro ciclo.
Esta vertente da formação, que decorreu durante seis meses, foi, na óptica de Fátima Castanheira, de encontro às preferências dos alunos. “Como era uma actividade realizada ao ar livre, os formandos empenhavam-se bastante na jardinagem”, salientou a directora.
Após a conclusão do curso, a responsável espera a cooperação de algumas entidades para empregar os estudantes, uma vez que estes já se mostram capacitados para a jardinagem.

Garantia da qualificação
A execução deste projecto contou com o envolvimento de diversas entidades, entre elas a SoProFor. A trabalhar em parceria com a Pastoral dos Ciganos há cerca de um ano, esta empresa garante a qualificação e certificação, correspondente ao 9º ano, dos formandos que frequentam os cursos de técnicas de venda e de impressão.
Relativamente ao facto de alguns alunos serem de etnia cigana, Pedro Pires, director – geral da SoProFor, garante que o papel da Pastoral dos Ciganos foi essencial, uma vez que “como é uma população com problemáticas específicas, esta instituição facilitou a proximidade e conhecimento destes formandos”.