Ter, 21/11/2006 - 10:15
No papel, assinado pelos estudantes que aderiram à greve, constavam as reclamações de cerca de 325 alunos relativamente às medidas implementadas pelo Governo, em particular as aulas de substituição. “Entregámos este documento para que a ministra fique a conhecer o porquê desta greve”, sublinhou Michel Vieira, membro da Associação de Estudantes da Escola Secundária Emídio Garcia (AEESEG).
Com cartazes e faixas em punho, onde se podiam ler as mais variadas mensagens, os alunos faltaram às aulas e manifestaram-se, segundo Michel Vieira, por “um ensino de qualidade e com condições”. Durante o protesto exigiram que a ministra “nos assegure as mesmas oportunidades que os estudantes do litoral e que nos prepare para a entrada no ensino superior”.
Na óptica dos manifestantes, o facto de se verificar uma carência de recursos materiais nas escolas da região resulta na desmotivação e no fraco desempenho dos alunos do interior na Universidade. “Faltam condições para promover áreas como as artes e o desporto, o que provoca desigualdades relativamente aos estudantes do litoral e grandes centros”, asseverou o responsável.
A manifestação, que se estendeu a todas as Escolas Secundárias da cidade “serviu, de exemplo para outras greves ou iniciativas do género, uma vez que foi ordeira e pedimos autorização para entregar este documento reivindicativo”, sublinhou Michel Vieira.