Estrada a pique

Em causa está uma curva apertada, logo a seguir à aldeia das Carvalhas, cuja inclinação está longe de gerar consenso. “A curva é muita apertada e muito inclinada”, alega um popular auscultado pelo Jornal NORDESTE.
Fernando Costa, proprietário de cinco casas de Turismo de Aldeia nos Casares, alinha pelo mesmo diapasão. “Há muita gente que não está contente com estas obras, porque o declive é acentuado e a inclinação da curva até parece estar ao contrário”, defende.
A beneficiação da estrada é financiada pelo programa da Rota da Terra Fria, mas populares ouvidos pelo nosso jornal consideram que “mais valia deixar tudo como estava”, dado que o traçado antigo tinha menos inclinação.
Acresce que a estrada passa numa zona de montanha, pelo que os automobilistas defendem a colocação de barreiras de protecção nas zonas mais críticas, o que ainda poderá ser feito no final da intervenção que está em curso.

Estrada de montanha

Confrontado com esta situação, o presidente da Câmara Municipal de Vinhais (CMV), José Carlos Taveira, reconhece que o declive é acentuado, mas desdramatiza a situação. “Já lá fui duas ou três vezes e parece-me que estrada tem uma inclinação que em nada difere das restantes estradas de montanha existentes no concelho, como é o caso da que liga Cidões a Vilar de Peregrinos”, recorda o autarca.
O edil relembra que o concelho de Vinhais é montanhoso e que restam poucas alternativas para contornar encostas e vencer declives. “Temos um concelho maioritariamente de montanha e a estrada Carvalhas-Seixas, tal como tantas outras, tinha de ser feita assim”, sustenta José Carlos Taveira.
Quanto às barreiras de protecção reivindicadas pela população, o edil garante que esta questão está salvaguardada no projecto da beneficiação da estrada. “Vamos garantir as condições de segurança nas zonas mais perigosas”, assegura o responsável.