Espaços culturais pouco dinamizados

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Ter, 11/07/2006 - 15:03


“Os espaços culturais estão criados. A única coisa que falta é arregaçar as mangas”. Esta é a opinião de Sónia Neves, uma das organizadoras do seminário “Dinamização de Espaços Culturais”, promovido em conjunto com Luísa Alves, ambas alunas do Instituto Superior de Línguas e Administração (ISLA).

As estudantes pretenderam fomentar um debate entre os representantes das diversas entidades culturais e recreativas presentes no colóquio, onde foram abordadas as actividades organizadas na cidade.
“Queríamos que cada equipamento contribuísse para uma melhor gestão dos espaços em Bragança”, retorquiu Sónia Neves. Segundo a estudante, existe bastante oferta por parte das entidades, mas de uma forma pouco organizada. Por isso, defende que a solução passará pela comunicação entre as diversas instituições culturais para coordenar a promoção dos eventos.
“Algumas semanas a agenda tem demasiada oferta, mas noutras fica completamente apagada”, lamentou a responsável. Deste modo, as entidades deveriam trabalhar em conjunto e, assim, superar a desordem da oferta de iniciativas.
“Não se trata de chamar mais público, mas de coordenar a quantidade de eventos promovidos simultaneamente”, frisou Sónia Neves.
Também o delegado distrital do INATEL, Luís Ferreira, defende a dinamização dos espaços culturais e a sua ligação com as diversas entidades. “Esta instituição sempre se preocupou em promover as suas associações e, simultaneamente, os equipamentos”, garantiu o responsável.
Para concretizar este objectivo, a entidade procura encontrar os espaços adequados às manifestações culturais e recreativas que promove. “Queríamos organizar um evento no jardim do Museu Abade de Baçal, porque é o local ideal”, retorquiu o delegado.

Facilitar o acesso à cultura

Sónia Neves defende a ligação dos espaços culturais com as diversas juntas de freguesias da região, de modo a alargar a oferta a vários tipos de públicos. “Deviam facilitar o acesso das pessoas dos meios rurais à cultura, pelo que se deve sensibilizar a população e não só as elites da cidade”, salientou a estudante.
Ao atingir este objectivo, Sónia Neves defende que os eventos teriam mais público a assistir. “Se as entidades estiverem interligadas e cooperarem entre si, podem conseguir mais espectadores e assistência para os espaços culturais”, retorquiu a estagiária.
Este seminário contou, ainda, com as participações dos representantes de várias instituições, como INATEL, IPJ, ISLA; Fundação Os Nossos Livros, Arquivo Distrital, Museu Abade de Baçal, rede de Bibliotecas Escolares e a Câmara Municipal de Bragança.