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Eólica no Reboredo depende do Sabor

Ter, 21/03/2006 - 15:25


Apesar da serra do Reboredo, no concelho de Torre de Moncorvo, ser um potencial para a captação de energia eólica, o projecto não é viável devido à falta de recepção por parte da Rede Eléctrica Nacional.

O presidente da Câmara Municipal de Moncorvo (CMM), Aires Ferreira, afirma que, enquanto este obstáculo não for ultrapassado, não haverá empresários a investir naquela zona transmontana.
Na óptica do edil, o aproveitamento daquele local para a produção de energia renovável pode tornar-se viável com a construção da barragem do Baixo Sabor.
“Dado que a rede eléctrica não tem capacidade de receptação, visto que a quantidade de energia eólica, por si só, não é rentável, a junção da energia eólica à hidroeléctrica pode ser uma boa solução”, acrescentou o edil.
Para além de ser um impulsionador para a colocação de aerogeradores, Aires Ferreira lembra que a construção do empreendimento no Baixo Sabor também é uma forma de resolver o problema de falta de água verificado no concelho de Moncorvo durante o Verão.

Energia só em 2008

“Não é possível investir em captações de água no Sabor, visto que nos meses de Agosto e Setembro o rio seca completamente. Enquanto a barragem não for edificada vamos apostar na captação em albufeiras”, realçou o autarca.
Este ano, a CMM vai buscar água à albufeira do Pocinho, depois de ter analisado as capacidades deste local e do empreendimento da Valeira.
Em relação às queixas formalizadas pelos ambientalistas, o edil reafirma que não compreende o argumento de que se trata de um “rio selvagem”, quando no Verão fica completamente sem água.
Quanto ao aproveitamento da serra do Reboredo para a produção de energia renovável, Aires Ferreira afirma que já foram realizados alguns estudos para delimitar a área de instalação das ventoinhas, dado que é imprescindível salvaguardar a prática do parapente.
Apesar da concretização daquele projecto contribuir para o desenvolvimento da região, Aires Ferreira afirma que não é possível cativar empresários antes de 2008, altura em que será possível começar a reunir condições para incentivar o investimento.