Seg, 10/04/2006 - 23:39
Segundo o presidente da autarquia local, José Santos, existem zonas do traçado onde, por uma questão de segurança, é impossível o cruzamento de dois veículos pesados, enquanto que, noutros locais, a largura da faixa de rodagem sofre “discrepâncias grosseiras”, passando, por exemplo, de sete para 5,5 metros.
Estas características são classificadas pelo edil como “uma clara violação ao projecto inicialmente adjudicado”, que contemplava uma largura de 7 metros de betuminoso ao longo de 12,350 quilómetros da via.
Obras não agradam à autarquia
Recorde-se que a beneficiação desta estrada é aguardada há vários anos pela população, visto que a EN221 é a única via de ligação de Freixo de Espada à Cinta ao norte do concelho e ao distrito de Bragança.
Depois de várias advertências encetadas junto das entidades competentes, a CMFEC decidiu tomar uma posição extrema, visto que não conseguiu obter quaisquer garantias de correcções de reparar à forma como esta via está a ser beneficiada.
José Santos afirma, ainda, em comunicado de imprensa, que espera que as Estradas de Portugal, a entidade responsável pela empreitada, “interiorize definitivamente que a EN 221, da forma como está a ser edificada, contraria tudo o que se pretende que seja uma estrada nacional”.
Acresce que a empreitada está a ser co-financiada por verbas do programa INTERREG III-A, e daí a decisão de apresentar queixa à Comissão Europeia.
Recorde-se, igualmente, que a beneficiação da estrada vai prolongar-se, numa extensão de 21 quilómetros, até Barca d`Alva, o que vai melhorar o acesso a Figueira de Castelo Rodrigo, à A 23 e ao IP5, além de facilitar as viagens de quem se desloca do sul e centro do País.