Em Miranda houve baile

Durante os três dias de festa estiveram presentes cerca de 200 participantes, oriundos de diferentes pontos do País.
Nesta iniciativa estiveram presentes tocadores e bailadores, portadores dos saberes de outros tempos, que orientaram oficinais de dança, de instrumentos de sopro e percussão e lideram alguns bailes tradicionais, agindo como verdadeiros transmissores do património cultural das Terras de Miranda.
A iniciativa foi projectada pela “PédeXumbo” – Associação para a Promoção da Musica e da Dança, sedeada em Évora, que contou com a colaboração da autarquia local, Ministério da Cultura, CoraNE e do pólo de Miranda do Douro da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
Segundo o director da PédeXumbo, Gonçalo Oliveira, este evento foi dedicado, sobretudo, às tradições da região de Miranda do Douro, dada a especificidade de algumas actividades, como por exemplo as oficinas de gaitas de foles, os passeios de burro, o eco- turismo.

Ateliers reavivam tradições

“Estas actividades paralelas à iniciativa ‘Aqui há Baile’ são fundamentais para mostrar a quem quer aprender as danças, o contexto em que as mesmas se desenvolveram”, acrescentou o responsável.
Através deste Festival foram, ainda, introduzidas oficinas de danças europeias, coordenadas por Mercedes Prieto, uma bailarina especialista nesta matéria, que trouxe ao terreiro danças de outros países, como a França, Espanha, Roménia, Alemanha e Inglaterra.
Para a organização, o espaço “Aqui há Baile” tem cada vez mais interessados em conhecer os reportórios da dança e música tradicionais, muitos deles são jovens, que insistem em não deixar desaparecer as danças e músicas regionais.
Os professores, animadores culturais e membros de associações estnográficas também têm aqui um espaço aberto, para a partilha de saberes e experiência, onde poderão variar ou complementar a sua formação.
Para a associação “PédeXumbo” este encontro pretende, sobretudo, criar elos de ligação entre várias gerações de participantes e, ao mesmo tempo, despertar a curiosidade do público em relação à cultura tradicional.