Eleições para a Académica geram discórdia

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Ter, 13/06/2006 - 16:12


As eleições para a Associação Académica do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), que decorreram na passada quinta-feira, mereceram a contestação da parte de alguns alunos.

Os representantes da lista “M”, que foi recusada pela Comissão de Eleições por conter algumas irregularidades processuais, alegam a existência de ilegalidades na forma como decorreu todo o processo eleitoral.
Segundo o mandatário da lista, Silvestre Natário, o presidente da Comissão Eleitoral não concedeu as 48 horas regulamentadas para que a lista pudesse fazer as alterações necessárias ao processo de candidatura.
Esta situação revoltou os alunos. É que, para além das eleições serem ilegais, provocaram a divisão na academia bragançana, uma vez que as Associações de Estudantes da Escola de Saúde e da Escola Agrária ficaram do lado da lista “M”, enquanto as restantes ficaram do lado da lista “A”, que saiu vencedora.
Após terem pedido um parecer a um advogado, que conclui a conformidade da candidatura, os elementos da lista “M” pediram a impugnação do acto eleitoral. No entanto, o presidente da Comissão de Eleições deu uma resposta negativa à solicitação dos estudantes.

Estudantes descontentes

A lista “A”, liderada por Henrique Gonçalves( filho do presidente cessante do IPB, Dionísio Gonçalves), foi a única concorrente, conseguindo 549 votos, num universo de 5 360 alunos.
Para Silvestre Natário, os membros eleitos para a Associação Académica não vão ser reconhecidos pela Academia, dada a reduzida percentagem de alunos que foram às urnas.
Esta posição é partilhada pelos representantes das Associações de Estudantes da Escola Agrária e da Escola de Saúde, que não se sentem representados pelos membros eleitos, recusando-se a participar nas reuniões da Académica, onde são vice-presidentes por inerência.
Por sua vez, o presidente da Comissão de Eleições não tem dúvidas que o processo correu dentro da legalidade, chegando mesmo a afixar alguns comunicados na academia para esclarecer os alunos.
Contudo, Silvestre Natário garante que a lista recusada não vai ficar de braços cruzados, pelo que já decidiram elaborar uma exposição, que também incluirá um relatório sobre o trabalho dos membros cessantes da Académica, dirigida ao ministro da Ciência e do Ensino Superior.
Além disso, a lista “M” promete convocar uma assembleia para elucidar os alunos sobre os últimos acontecimentos.