Ter, 16/05/2006 - 15:02
Este fim-de-semana o PSD testou pela primeira vez as eleições directas, para eleger o seu líder. O CDS/PP foi o primeiro partido a pôr em prática este tipo de eleições e, como é sabido, o seu líder, Ribeiro e Castro quis ser eleito, por este meio, após o Congresso, onde este método foi aprovado.
No PSD, as eleições deste fim-de-semana para a eleição do líder, correram sem sobressaltos. Como só havia um candidato, era pois mais do que previsível, que vencesse o único que se propunha ao escrutínio. Muitos esperavam que outros se perfilassem para as eleições, dando assim uma dinâmica diferente ao acto eleitoral, mas tal não aconteceu. Aliás, ainda houve uma candidatura, mas falseada e que acabou por ser anulada. Claro, o que é que ele esperava? E foi este acontecimento que trouxe algo de novo a este acto eleitoral. Pena foi que a novidade fosse pela negativa. Mas eu penso que até a estas coisas nós já vamos estando habituados, infelizmente.
Assim sendo, não foi nada difícil a Marques Mendes continuar na liderança do PSD. Mas este método eleitoral, sendo mais fácil e menos dispendioso, não me parece o mais entusiasmante. Se não houver mais do que um candidato, por certo que as eleições se tornarão monótonas, levando cada vez menos militantes a votar. Aos poucos o desinteresse apossar-se-á dos filiados e as eleições caem no descrédito. No entanto, a participação directa das bases nas eleições para o líder, é talvez o modo mais justo de o fazer, mas tem que haver muita participação para os líderes se sentirem realmente eleitos.
Também o CDS/PP teve o seu Congresso extraordinário este fim-de-semana. Aqui também não houve novidades já que também não havia outros candidatos perfilados. Por isso, nada de novo! Tudo era esperado, mesmo a força que o João impeliu à sua Moção e até o apoio que a mesma teve. E o certo é que a percentagem que obteve não esteve longe da ganhadora de Ribeiro e Castro.
Mas também é certo e todos sabemos que acontece sempre isto em todos os congressos do CDS/PP, ou seja, é sempre esperada com alguma ansiedade a intervenção da Juventude, especialmente a do João com toda a sua pujança, toda a irreverência e com toda a intencionalidade. Pois foi mais um Congresso onde se afirmou a liderança de Ribeiro e Castro.
Mas, e há sempre um mas, se as eleições para o líder é feito por directas, porquê um Congresso extraordinário? E se durante o Congresso outros aparecessem a disputar a liderança, como se faria? Em que lugar ficariam as directas?
Evidentemente que aqui o que estava em análise é o estilo de liderança, ou a falta dela e a necessidade de afirmação do actual líder face às críticas de que era objecto. Não sei se para isso seria preciso um Congresso, mas pelo menos este teve o condão de trazer de novo à ribalta política pessoas como Nogueira de Brito e Narana Coisseró, entre outros. E é aqui que residiu alguma novidade, no meio do dejá vu ! Que sejam bem-vindos e que a sua experiência sirva para acalmar as hostes. Há muito trabalho para fazer e um longo caminho a percorrer se querem estar preparados para as eleições de 2009
e ter um bom resultado.
Agora, Marques Mendes e Ribeiro e Castro que utilizem todas as suas forças e sabedoria para vencerem o Partido Socialista nas próximas legislativas, o que, se por um lado nos parece fácil, devido à fraca actuação do governo e à imensa agitação que têm provocado as directivas que tem tomado, em todos os sectores, por outro, pode ser muito difícil, pois não pode continuar sempre a fazer asneiras e a deixar os portugueses desesperados e quando chegar a altura, abre os cordões á bolsa e todos ficam suficientemente contentes para votarem neles! Os portugueses são muito esquecidos e perdoam facilmente! Que havemos de fazer? Também aqui não há nada de novo!
Pois é assim a política em Portugal! Política e não só. Até no Circo das Celebridades a ganhadora era bem evidente. Além de não ser nenhuma celebridade, já era previsível a sua vitória, pois a propaganda que era feita a Marta Cardoso, só podia dar em vitória! Até parece que estava tudo combinado! Estaria?!!!!!
No fundo, como disse já em algum lado, circo e política, é muito parecido!
Estão todos muito bem treinados, mas não trazem nada de novo!