É preciso poupar água

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Ter, 31/01/2006 - 15:51


“Ninguém investe num sítio onde não exista águas de qualidade e os resíduos não estejam tratados”. Quem o diz é o presidente do conselho de administração das Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro (ATMAD), Alexandre Chaves, que nos próximos anos quer ver o abastecimento de água chegar aos 95por cento da população e o tratamento de águas residuais a 85por cento dos habitantes.

Isto porque, segundo o responsável, “daí poderão advir mais investimentos para a nossa região”.
Na óptica de Alexandre Chaves, num país que desperdiça demasiada água potável, o sistema tarifário terá que ser ajustado de modo a dissuadir os usos indevidos deste bem. E tendo em conta que toda a sociedade está virada para o desperdício da água, “é urgente uma mudança de mentalidades, de modo a alterar os nossos hábitos”, assevera o responsável.
O objectivo passa por fortalecer uma parceria alargada para as acções de educação ambiental e cívica e, simultaneamente, despertar uma consciência de defesa do ambiente.
Paralelamente, o presidente das ATMAD avança a ideia de uma gestão quotidiana privada dos equipamentos. “Ao coexistirem dentro da empresa segmentos privados com públicos é criada uma dinâmica interna de aperfeiçoamento, qualidade, rigor e boas práticas”, assegura Alexandre Chaves.

“Solução passa pela Barragem das Veiguinhas”

“Resguardar as populações da falta de água” é o objectivo, segundo Alexandre Chaves, das ATMAD. E, a única solução para este problema na região será o avanço da barragem da Veiguinhas. Em Fevereiro do ano passado, o então secretário de Estado do Ambiente chumbou o estudo de impacte ambiental que permitia a concretização desta obra.
Caso tivesse avançado, a barragem das Veiguinhas iria abastecer de água o concelho de Bragança e municípios limítrofes, mas não a partir da barragem do Azibo, como foi proposto pelo despacho do Governo anterior.
A ATMAD pretende fazer ressuscitar o projecto e, para tal quer envolver o Parque Natural de Montesinho (PNM) nesta causa. “O PNM, sabendo o que está em causa, poderá ajudar a compatibilizar a defesa do ambiente com a necessidade urgente do abastecimento de água a Bragança e a Vinhais”, defende o responsável.