Do sonho à palavra

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Ter, 16/05/2006 - 15:04


Vivemos num mundo efémero marcado pela insegurança e pelo medo do terrorismo, das guerras, da doença e do sofrimento.

Quantas vezes sonhamos com um mundo melhor e mais harmonioso. É normal e justo que sonhemos. É no sonho que assenta a realidade. Sempre que sonhamos, idealizamos e se persistirmos e lutarmos, estamos a dar forma aos nossos sonhos e ideais.
Quantas vezes sentimos necessidade de dar voz aos nossos sonhos através da escrita, da poesia.
Para mim, a poesia é uma maneira de me evadir das fragilidades da vida, outras vezes a de cantar a alegria que me vai na alma e há dias em que as palavras se repelem desunidas. É por isso que escrever poesia é um acto compulsivo e simples ou uma missão ciclópica. As palavras saem delicadas e ingénuas ou agressivas e irónicas, de conotação forte, conforme as dita o coração.
Elas saem do bico da caneta, deslizam, rodopiam suavemente até ao local onde são precisas.
Assim, passamos ao papel a nossa opinião. os nossos sonhos. Podemos definir o indefinido ou mudar a opinião dos outros acerca do menos bom da vida ou até fazer-lhes ver onde está a essência da vida: o amor, a igualdade, a fraternidade, a paz, …
O sonho pode ser o fermento da escrita, mas a escrita também pode fazer sonhar os mais adormecidos.

Ana Catarina