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Desilusão no ar

Ter, 23/05/2006 - 15:05


Dezenas de aviões de vários modelos cruzaram os céus do Nordeste Transmontano, durante o Festival Aéreo que decorreu no passado fim-de-semana.

Esta iniciativa, organizada pela Aeroasas, com o apoio do Aeroclube (ACB) e da Câmara Municipal de Bragança, teve como principal objectivo aproximar a aviação da população.
A adesão ao evento, contudo, deixou muito a desejar, apesar de Bragança não receber um evento destes há cerca de 20 anos. Com entradas a cinco euros, o número de visitantes ficou muito aquém do esperado e parte do programa não foi cumprido.
O presidente do ACB, Gonçalves Lelo, lamenta o sucedido, mas garante que as falhas não são da responsabilidade do Aeroclube.
Quanto às falhas no programa, o dirigente aponta o dedo, mas sem referir nomes. “Algumas pessoas comprometeram-se e depois não compareceram”, revelou o dirigente.
Segundo Gonçalves Lelo, o insucesso desta iniciativa só veio reforçar a ideia de que, “cada vez menos o interior é visto como um local de investimento”, alegando que poucas empresas quiseram vir à região.

Reverso da medalha

No dia da inauguração do festival, porém, ninguém esperava que o evento fosse tão pouco concorrido.
Henrique Afonso, um dos membros da Aerosas, estava confiante. “Esta é uma forma de dar a conhecer às pessoas as diferentes actividades aeronáuticas e, ao mesmo tempo, sensibilizar a população mais jovem para ingressarem nas escolas de aviação”, defendeu o responsável.
Para além dos baptismos de voo e das exibições de alta performance, a Aeroasas também procurou trazer aviões clássicos, alguns deles pertencentes ao museu da Aerosonic, para mostrar aos transmontanos a beleza dos aparelhos.
Quanto às razões que levaram a Aeroasas a escolher Bragança para realizar esta iniciativa, Henrique Afonso explica que Trás-os-Montes não recebia um festival aéreo há mais de 20 anos.
Na passada sexta-feira, as actividades foram direccionadas para as instituições, pelo que o festival contou com a visita de alunos que puderam entrar em contacto com as diferentes ofertas da Força Aérea e das escolas de aviação.
Henrique Afonso salientou que no Norte do País também existem escolas de aviação, acrescentando que Bragança tem excelentes condições, tanto de espaço como de segurança, para receber uma escola de aviação.

Teresa Batista/Sandra Canteiro