Qua, 21/02/2007 - 10:16
A par do enfraquecimento do volume de negócios, os lojistas sublinham que este aumento das rendas vai prejudicar o comércio. “É uma forma diplomática para nos mandarem fechar”, acusou Paulo Correia, um talhante instalado no MMMC.
O vice-presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros (CMMC), Duarte Moreno, justifica as subidas com a “revisão das tarifas, que estavam desajustadas e não cobriam as despesas que a autarquia tinha que suportar no mercado”.
No seguimento destas alterações, aprovadas em Assembleia Municipal, a edilidade recebeu uma comissão de comerciantes, tendo anunciado e justificado o aumento das tarifas. Durante a sessão, os lojistas abordaram a hipótese de abandonarem as instalações do MMMC, alegando uma sobrecarga nas despesas.
Câmara Municipal reafirma a intenção de construir um novo mercado de raiz
“Se eu tivesse que pagar a uma empregada, não conseguia manter o negócio que vai ficar pior com este aumento”, lamentou Amélia Martins, proprietária duma churrascaria.
Para os comerciantes, a alteração das tarifas é “injusto”, atendendo à falta de condições do mercado, que carece de obras de requalificação. “Nunca fizeram reparações e já chegou a pingar dentro da minha loja”, lamenta Amélia Martins.
Confrontada com esta situação, a edilidade reafirma a intenção de construir um novo mercado de raiz, que se ajuste às necessidades dos comerciantes e da população macedense. “Queremos arrancar com um projecto que sirva os interesses dos consumidores e, assim, chamar mais clientes às lojas do mercado”, explicou Duarte Moredo.
Recorde-se que, actualmente, existem várias bancas no MMMC que já estão desocupadas, a par algumas lojas do primeiro andar, que a autarquia cedeu a associações. Duarte Moreno explica esta situação com a necessidade de dinamizar o mercado, através da ocupação dos espaços vazios.