Ter, 07/11/2006 - 11:03
Com um futebol directo, largo e melhor individualmente, o Morais prometia goleada ao seu rival. Por outro lado, o Talhas, ainda incrédulo, evidenciava carências tácticas, que só encontrava em Nuno Miguel alguma destreza aventureira. Nos últimos 5”, o Morais tirou o pé do acelerador e permitiu que a formação de João Correia se acercasse da sua baliza. Decorrido o minuto 41, André remata fora-de-área, bate num adversário e a bola bate no poste, na recarga aparece Jorge que encostou para o fundo das redes. O primeiro tempo terminava pouco tempo depois, com um resultado mais que justo.
A segunda parte começou, mais uma vez, com o veneno dos visitantes, que em contra-ataque, Paulo, efectuou um belíssimo chapéu ao desamparado guarda-redes Marco. O 3-1 premiava a lucidez e a excelente interpretação de jogo do Morais, que se apresentou com um libero (Fanã) tranquilizante, um Hugo pressionante e dois extremos rapidíssimos, sempre prontos a correr nas costas da defesa do Talhas.
As discussões eram acesas na bancada, os muitos adeptos do Morais acrescentavam a azia dos da casa, que não compreendiam tal jogo dos seus atletas. Um Talhas, que apenas em lances isolados criava perigo, como aconteceu ao minuto 68, em que Azevedo, o mais irrequieto, desferiu um portentoso remate dentro de área, batendo o sossegado Digo.
O alento dos visitados cresceu e assustou a, até agora, serena equipa de Tó – Mané. O ambiente pintava-se de nervos, dentro e fora do campo. A pressão sobre o juiz de arbitragem era exercida em cada lance, surgindo inúmeros cartões amarelos e até um vermelho (Azevedo 92”). Contudo, o árbitro esteve mal disciplinarmente que só não foi destaque do jogo, devido à eficiência no aspecto técnico.
Os últimos 13”, contabilizando 8 de compensação, foram de sufoco para os forasteiros, que nem com mais uma unidade recuperaram a clarividência. No entanto, o dérbie terminou com a justa vitória do Morais, que dominou 75” do jogo.
Já na entrada para os balneários os ânimos exaltaram-se, provocando acérrimos insultos e ameaças entre os contextos das duas equipas.
Estádio do Calvário
Árbitro – Henrique Rodrigues
Assistente (bancada) – Ambrósio Vara
Assistente (peão) – Bruno Cordeiro
G. D. Talhas – 1 Marco, 2 Nuno, 3 Inácio, 4 Nuno Miguel, 5 Fredy, 6 Valente, 7 Azevedo, 8 Edmur (14 Gabi 70”), 9 João Paulo (15 Romeno 81”), 10 André e 11 Jorge.
Treinador – João Correia
Amarelos – Azevedo 52” e Edmur 77”.
Vermelho – Azevedo 92” (vermelho directo).
Morais – 1 Digo, 2 João, 3 Fanã, 4 Johny (15 Dani 71”), 5 Hugo, 6 Kilas, 7 Marcos, 8 Tó – Mané, 9 Radar (16 Chaparro 93”), 10 Paulo (13 Zé 96”) e 11 Bispo.
Treinador – Tó – Mané
Amarelos – Marcos 60”, Radar 69”, Kilas 71” e Paulo 83”.
Ao intervalo – 1 – 2
Marcadores – 0-1, Bispo 11”; 0-2, Paulo 17”; 1-2, Jorge 41”; 1-3, Paulo 51” e 2-3, Azevedo 68”.