Crianças retratam Montesinho

Esta iniciativa, organizada pelo Rotary Clube de Bragança, aproximou as crianças do meio ambiente que as rodeia, dando-lhe a conhecer uma aldeia típica do concelho de Bragança. Ao mesmo tempo serviu para incentivar as crianças e jovens a desenhar e a pintar.
Apesar de algumas crianças não conheceram Montesinho, a beleza das paisagens acabou por inspirar os pequenos artistas, que se mostravam entusiasmados e envolvidos no meio que os rodeava.
As técnicas de desenho e pintura foram aperfeiçoadas com a ajuda de três pintores nacionais e internacionais, que ajudavam os mais novos a passarem para a tela, não só aquilo que viam, mas também o sentimento que lhes estava a ser proporcionado pelo meio envolvente.

Carvão e aguarela na tela

O artista plástico Pintomeira, um português com atelier em Amesterdão, afirmou que foi a primeira vez que participou numa iniciativa com crianças, pelo que utilizou os conhecimentos que possuiu em arte infantil para enriquecer a bagagem artística dos participantes.
Apesar de não ser um pintor paisagista, Pintomeira confessa que a beleza da aldeia de Montesinho, bem como das paisagens que a rodeiam a localidade, é motivo de inspiração para qualquer artista.
Na óptica do pintor, esta é uma actividade enriquecedora para as crianças e jovens, uma vez que os pequenos artistas acabam por descobrir potencialidades que, muitas vezes, não conhecem.
“Podem estar aqui grandes talentos. É preciso é explorá-los, o que, por vezes, não é fácil. Mas o importante é que as crianças gostem. Estou encantado com o entusiasmo dos alunos”, acrescentou o pintor de Viana do Castelo.
Segundo o membro do Rotary Clube de Bragança, Rogério Ferreira, esta é uma iniciativa inédita, que pretende abrir os horizontes do Rotary Clube à comunidade, neste caso ao público infantil.
Por isso, convidaram artistas portugueses e estrangeiros, com visões bem diferentes da arte, para transmitirem aos jovens as diferentes perspectivas de uma obra de arte.
Os participantes acataram bem esta actividade ao ar livre e, mesmo os que não tinham queda para o desenho a carvão ou para a pintura em aguarela, não deixaram de passar a sua visão sobre Montesinho para a tela.
No final, os mestres da pintura analisaram os desenhos ao pormenor e premiaram os melhores.