Comerciantes defendem serviços

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Ter, 24/01/2006 - 14:51


A Associação Comercial, Industrial e Serviço de Mogadouro (ACISM) está do lado do poder autárquico na luta contra a eventual retirada de serviços do distrito de Bragança.

Na óptica da ACISM, qualquer medida deste género é prejudicial ao desenvolvimento comercial do concelho. “Sem pessoas o comércio tradicional não se pode modernizar, mesmo com alguns incentivos, pois sem pessoas não há negócio”, defende o presidente da ACISM, Horácio Sá.
Por isso, o organismo que representa os comerciantes prefere jogar à defesa e condenar um eventual encerramento da urgência do Centro de Saúde de Mogadouro ou do tribunal judicial. O mesmo se aplica à reorganização escolar proposta pela Direcção Regional de Educação do Norte, que “vai contribuir para a desertificação do mundo rural”, sustenta a ACISM.
Numa terra que vive dos serviços e da agricultura, Horácio Sá garante que as consequências de um eventual encerramento de serviços públicos e da transferência de funcionários podem ser imprevisíveis. “O comércio tradicional vai-se ressentir, podendo mesmo haver algumas falências e desemprego no sector. Se assim for, é melhor encerrar as portas e ir viver para os grandes núcleos urbanos”, considera o dirigente.
A direcção da ACISM mostra-se, por isso, solidária com a posição do presidente da Câmara Municipal de Mirandela, em especial no que respeita à colocação do cartaz “Aqui termina Portugal” no IP4.