Ter, 20/12/2005 - 14:46
A importância daquele investimento para o desenvolvimento da região é o principal argumento apresentado pela ACIM, que garante que a construção da barragem contribui para “parar a desertificação e o abandono” do território transmontano.
Na óptica dos representantes daquela associação, “as barragens, com uma tradição antiquíssima, são obras com um impacte ambiental quase nulo”, que potenciam novas riquezas, nomeadamente, a rega, o lazer, o armazenamento estratégico de água e a produção de energia.
A ACIM defende, ainda, que a região deve saber explorar as suas potencialidades humanas e económicas dentro das suas tradições e costumes.
Recorde-se que a construção daquele empreendimento no Baixo Sabor tem tido avanços e recuos, devido às decisões políticas que têm vindo a ser tomadas.
Unidos pelo Sabor
Depois do Governo ter dado luz verde para a construção da barragem, um grupo de ambientalistas, denominado Plataforma Sabor Livre, apresentou queixa à Comissão Europeia (CE), alegando que aquela obra vai provocar “impactes negativos significativos”.
Bruxelas deu razão aos ecologistas e abriu um processo contra o Governo português por ter autorizado o aproveitamento hidroeléctrico.
Esta posição da CE inviabiliza, à partida, a concessão de qualquer tipo de financiamento comunitário para aquele empreendimento. Contudo, o Estado português já deu garantias que vai contestar o processo aberto pela CE, para que a barragem do Baixo Sabor seja uma realidade.
A construção do aproveitamento hidroeléctrico tem mobilizado os autarcas do distrito de Bragança que se uniram na Associação dos Municípios do Baixo Sabor, para poderem defender, com suporte jurídico, a barragem junto de Bruxelas.
De acordo com os autarcas, os benefícios que poderão advir da construção do aproveitamento hidroeléctrico no Baixo Sabor são muito superiores aos possíveis impactos negativos.