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Combater morte na Construção

Ter, 23/01/2007 - 14:52


O Sindicato dos Trabalhadores da Construção, Madeiras, Mármores, Pedreiras, Cerâmica e Materiais de Construção do Norte escolheu a fronteira de Quintanilha para encerrar a Campanha 2007: Mobilidade em Segurança.

O organismo avançou com esta iniciativa com o objectivo de reduzir o número de mortes de trabalhadores da construção civil nas estradas portuguesas e espanholas, durante as viagens e nas obras. “Queremos que 2007 seja o virar da página, para que não morram tantos operários”, justificou o dirigente sindical, Albano Ribeiro.
No seguimento desta campanha, o sindicato propôs medidas que, segundo o responsável, deveriam ser cumpridas por quem viaja regularmente, de forma a reduzir os números trágicos de acidentes. Assim, o responsável defende que os empregados devem acrescentar uma hora a cada dia da semana para que, deste modo, possam sair de Espanha às 12 horas de sexta-feira. Já aos domingos, em vez de fazerem o percurso de madrugada, os trabalhadores deverão deslocar-se durante o dia. Os veículos devem, ainda, ser conduzidos por duas pessoas, de forma a evitar o cansaço.
Recorde-se que, nos últimos dois anos, morreram 20 trabalhadores na estrada, durante as deslocações entre Portugal e Espanha.

Sindicato promove Cimeira Ibérica contra a exploração laboral, com vista à humanização do trabalho

Albano Ribeiro avançou que o Sindicato vai estabelecer parcerias com diversas entidades e parceiros sociais, com vista ao combate da exploração laboral e promoção da melhoria das condições de trabalho. Para tal, vai promover uma Cimeira Ibérica inédita com o objectivo de proteger e salvaguardar direitos dos operários. “Em 2006, morreram 70 pessoas no sector da construção, por isso queremos apelar a diversas entidades”, asseverou o dirigente.
No seguimento desta iniciativa, o sindicato organizou, no passado sábado, outra campanha sob o lema “Reduzir 50 por cento os acidentes mortais no ano de 2007”, que decorreu nos Bombeiros Voluntários de Alijó. Trata-se de uma iniciativa lançada às pequenas e médias empresas, responsáveis por cerca de 65 por cento dos 70 acidentes mortais ocorridos em 2006. “As pequenas obras também são fatais”, justificou o dirigente.
Recorde-se que foi no concelho de Alijó que morreram mais trabalhadores numa obra de reduzidas dimensões, há cerca de três anos.