COELHOSO revolta-se contra fecho da escola

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Ter, 19/09/2006 - 15:02


O encerramento da escola de Coelhoso, no concelho de Bragança, instalou a revolta naquela aldeia. Os pais não compreendem os motivos que levaram o Ministério da Educação (ME) a fechar uma escola com boas condições e com mais de 10 alunos.

“ Sempre tive esperança que a escola de Coelhoso ficasse aberta. A aldeia ainda tinha um número significativo de crianças e este ano, frequentariam a nossa escola 11 alunos”, lamenta Maria de Fátima Ruano, mãe de dois alunos que entraram para o 1º ano.
A notícia de que as crianças de Coelhoso têm que ir para a escola de Parada chegou pela voz do pároco da aldeia, no passado dia 10, o que deixou os pais revoltados com a forma como foi conduzido todo o processo.
“Nós sempre pensámos que mantivessem a escola aberta. Não se justifica o encerramento depois das obras que foram feitas no interior e exterior do edifício”, realça Isilda Ruano, mãe de um aluno do 2º ano.
Segundo o presidente da Junta de Freguesia de Coelhoso, Ernesto Fernandes, nos últimos anos foram gastos cerca de 6 mil euros na conservação da escola e na instalação de um parque infantil no recreio.
Além disso, a Câmara Municipal de Bragança também fez melhoramentos ao nível da instalação eléctrica e aquecimento.
Apesar desta escola constar da Carta Educativa e de ter sido aprovado, em Assembleia Municipal, um projecto de cerca de 114 mil euros, para a substituição do telhado, chão, imobiliário, vedação da escola e construção de uma sala nova, a Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) emitiu, no passado mês de Junho, um despacho que dita o fecho do estabelecimento de ensino de Coelhoso.
As condições de segurança da escola de acolhimento (Parada) e a deslocação sem uma auxiliar que acompanhe as crianças durante o percurso são, igualmente, motivos de descontentamento para os encarregados de educação.
“Se não vedarem a escola e não puserem uma pessoa a tomar conta das crianças durante as deslocações, até ao final do ano, eu tiro a minha filha daquela escola”, concluiu Rosária Magalhães.