Ter, 17/01/2006 - 15:10
Comecemos por Coelhoso, onde a escola é frequentada por 12 alunos e “tem boas condições”, segundo o presidente da Junta de Freguesia (JFC), Ernesto Fernandes.
De acordo com o autarca, o estabelecimento cumpre todos os requisitos estipulados pela DREN, à excepção da localização, pelo que não faz sentido encerrá-la e encaminhar os alunos para a aldeia vizinha de Parada, conforme proposta da DREN.
“Nós temos 12 alunos, garantimos a qualidade e quantidade das refeições das crianças, assim como um abrigo para as proteger do frio, vento e chuva. Já Parada tem três ou quatro crianças e não tem recreio, sequer”, avança o presidente da JFC.
Contas feitas, a solução ideal seria manter a escola de Coelhoso aberta. “Resolvia-se o problema da deslocação de 12 crianças para outra aldeia e mantinham-se os postos de trabalho”, alega Ernesto Fernandes.
População vai manifestar-se
Caso a resolução da DREN não seja revista, o autarca promete fazer valer os protestos da população. “Vamos fazer abaixo-assinados e manifestações e pedir à população que se expresse, que faça pressão junto das entidades responsáveis”, garante o autarca.
Outra das escolas sob a ameaça de encerramento é a de Baçal, onde dez alunos vão ser transferidos, juntamente com as crianças das aldeias vizinhas, para a escola de São Sebastião, em Bragança.
Caso estes alunos se agrupassem na escola de Baçal perfaziam cerca de 20, correspondendo, assim, às exigências da DREN.
O presidente da Junta de Freguesia de Baçal (JFB), João Alves, lamenta que “as crianças venham a ser retiradas duma escola com todas as condições para serem enviadas para uma [S. Sebastião] que, com tantos alunos, vai ficar sem condições para os acolher”.