Circular interna sem data

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Ter, 05/09/2006 - 14:25


A Via Circular Interna (VCI) de Bragança ainda não tem uma data definitiva para o arranque das obras. Com uma extensão de sete quilómetros e meio, a ligação vai servir a localidade desde a avenida Cidade de Zamora até às Cantarias, estando orçada em cinco milhões de euros.

Repartida em três fases distintas, o primeiro trecho da obra parte da rotunda de homenagem ao Agricultor (na antiga avenida do Sabor) até ao bairro da Mãe d’Água. Já a segunda etapa irá ligar esta área ao bairro Fundo da Veiga. Finalmente, o último troço integra a avenida das Cantarias.
Apesar do projecto estar traçado, a autarquia não pode, ainda, adiantar a data de conclusão da obra, uma vez que não está a par dos valores que serão assegurados pelos fundos comunitários. “Estamos à espera para conhecer quais os recursos financeiros disponíveis”, informou o vereador de Obras e Urbanismo da Câmara Municipal de Bragança (CMB), Nuno Cristóvão.
Assim, o projecto de execução do primeiro trecho da VCI já está feito, pelo que, até ao final deste ano, será levado a concurso internacional. “Se tudo correr sem incidentes, no primeiro semestre de 2007 a obra já estará adjudicada”, acentuou o responsável.
Relativamente às outras etapas, Nuno Cristóvão não adianta datas, mas, se a segunda fase for implementada sem percalços, espera-se que o último troço seja concluído pouco depois.
No entanto, segundo o responsável, se a obra não for concluída até ao final do actual mandato, “estará pronta no outro, pois é um projecto importante e de continuidade”, salientou o vereador.

Centro da cidade revitalizado

Na óptica do vereador, a construção da VCI, apesar de afastar alguns veículos do interior da cidade, irá dinamizar e revitalizar o centro histórico de Bragança. “Chega-se mais facilmente aos monumentos e pontos de interesse, apoiados pela criação de novas acessibilidades”, garantiu o responsável.
Além das áreas mais antigas da cidade serem beneficiadas, este projecto trará, também, vantagens para a periferia de Bragança, uma vez que a construção da obra impulsionará a expansão das zonas envolventes. “Irá verificar-se um desenvolvimento em termos urbanísticos”, sustentou Nuno Cristóvão.
Recorde-se que a VCI, além de apoiar o tráfego do centro da cidade, representa um eixo estruturante no que respeita às acessibilidades a Bragança, uma vez que será mais simples, para quem vem de fora, aceder ao interior da localidade. “Através da circular, vai ser mais fácil chegar aos locais temáticos da cidade”, sublinhou Nuno Cristóvão.
No entanto, os viajantes podem, também, utilizar a VCI para se deslocarem de um extremo de Bragança para outro sem terem que passar pelo centro urbano, evitando, assim, o trânsito que se verifica na avenida Sá Carneiro e João da Cruz.