CIM-TTM avança com estudo sobre potencial hidroagrícola do território

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Qua, 10/08/2022 - 17:46


Avaliação deverá estar concluída em menos de um ano e visa reconhecer as disponibilidades hídricas da região e as possibilidades de regadio

A Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM) vai avançar com um estudo sobre o potencial hidroagrícola do território. A ideia é identificar quais são as disponibilidades hídricas nos nove concelhos que integram a CIM-TTM, para criar regadio agrícola e além disso, identificar as culturas e áreas que podem beneficiar deste sistema. “Vai mostrar quais são os locais onde podemos ter armazenamento de água para regadio, o tipo de culturas, a área a regar, as características que pode ter. É esse estudo que queremos ter connosco para depois nós, dentro da CIM, discutirmos quais os investimentos que são mais imediatos ou não, ver valores e, obviamente, trabalharmos muito na obtenção de financiamento para esses financiamentos que consideramos que a nível da agricultura e agroindústria são fundamentais”, explica o presidente desta CIM, Jorge Fidalgo.

Para o também autarca de Vimioso, trata-se de um passo importante para “a implementação de uma estratégia integrada nesta área, que possa garantir a competitividade do sector agrícola” da região. “Por um lado, estudarmos o melhor potencial que temos e associamos isso à produtividade, para que possamos ter muitos e bons produtos, que possam ser depois competitivos no mercado”, sublinhou.

Os nove autarcas da CIM das Terras de Trás-os-Montes consideram que o investimento no regadio é determinante para o futuro da agricultura, para o desenvolvimento da economia e para o aumento da coesão territorial. “O estudo vai, certamente, indicar-nos em cada um dos concelhos, quais são os locais de maior potencial hidroagrícola, isto é para termos maior produtividade agrícola. Podemos ter um sítio onde temos muita água mas aquela água não vai regar nada. Investimento na retenção de água, de açudes, de pequenas barragens para poder utilizar na prática agrícola, que queremos mais competitiva e mais rentável”, referiu.

Num território em que 7 dos 9 concelhos estão incluídos em áreas classificadas como suscetíveis de desertificação e com carência de regadio elevada ou muito elevada, a elaboração deste estudo é considerada fundamental para potenciar o desenvolvimento sustentável da agricultura, contrariando a desertificação a que o território está exposto.

A abertura do estudo, que vai ter um custo de cerca de 153 mil euros, foi já aprovada pelo Conselho Intermunicipal da CIM e deverá estar concluído até ao final de Junho de 2023, sendo financiado pelo Programa Operacional do Norte 2020, para abranger os concelhos de Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais.

 

Jornalista: 
Olga Telo Cordeiro