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Cidades e vilas amuralhadas

Ter, 12/12/2006 - 14:15


Castelos, muralhas e fortalezas são, quase sempre, os motivos que mais despertam a atenção dos visitantes duma aldeia, vila ou cidade.

Bragança, Vinhais, Mogadouro, Miranda do Douro e Vinhais são algumas das localidades do distrito bafejadas com este riquíssimo património, mas nem todas conseguem tirar partido deste legado da História. À excepção de Miranda do Douro, onde o comércio fervilha dentro das muralhas, todas as restantes exibem zonas amuralhadas moribundas, onde a pouca população residente está cada vez mais envelhecida. Faltam unidades de restauração, lojas de artesanato e, além da visita ao património em si, pouco mais há que fazer nestas zonas amuralhadas.
Mesmo assim, existem sinais de querer inverter a situação, mas resta saber se serão suficientes para ressuscitar a alma destas zonas carregadas de séculos.
Em Vinhais recupera-se a zona histórica a passos largos, enquanto Bragança tem em curso um programa de reabilitação de fachadas e telhados na Cidadela. Para breve está a abertura da Academia da Máscara e de um Posto de Turismo muito próximo do Castelo.
Mogadouro, por seu turno, vê o seu Castelo em obras da responsabilidade do Instituto Português do Património Arquitectónico. O que falta, então, para restituir a alma de outros tempos a estas zonas nobres? Para começar, actividades em força, que é coisa que as autarquias em causa não organizam nestes locais. Feiras medievais, mostras de artesanato, de produtos locais e festivais gastronómicos assentam que nem uma luva a cenários de muralhas e castelos, mas passam anos sem que aconteçam. Bragança já organizou algumas ceias medievais na zona do Castelo, a zona histórica de Vinhais já viu passar uma feira medieval e Mogadouro escolheu a parte antiga para uma Feira Franca de Produtos da Terra, mas já lá vão uns anos e estas iniciativas nunca mais regressaram. Miranda do Douro volta a ser excepção, pois leva o Festival de Sabores e as Festas de Santa Bárbara à zona o Castelo. Poder-se-ia aconselhar uma visita a Óbidos, que não pára de tirar partido da sua história, mas fiquemo-nos pelo exemplo da cidade mirandesa. Não é preciso ir mais longe.