Centro Hospitalar dá a cara

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Ter, 09/05/2006 - 15:03


O Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Nordeste (CHNE) assegura que não vai retirar capacidades na prestação de serviços aos hospitais de Bragança, Macedo de Cavaleiros e Mirandela.

Em documento apresentado na Assembleia Municipal de Macedo de Cavaleiros do passado dia 28 de Abril, os responsáveis do CHNE revelaram os contornos da reorganização que está em curso na unidade hospitalar daquela cidade.
De acordo com o resumo a que o Jornal NORDESTE teve acesso, a Unidade de AVC será reforçada com o aumento do número de camas. O objectivo desta acção é transformar este serviço numa unidade central capaz de receber todos os utentes provenientes das unidades hospitalares de Bragança e Mirandela.
Também a área de Ortopedia e Medicina Física de Reabilitação vai ser alvo de uma reorganização ao nível da aquisição de meios, com o acréscimo de 15 camas, e de recursos humanos. Assim, a equipa médica irá ser reforçada com a vinda de mais três clínicos desta especialidade, tal como enfermeiros e auxiliares de acção médica.
Pretende-se, deste modo, que o Hospital de Macedo passe a ser uma referência ao nível deste serviço em toda a região.

Unidade de Convalescença

O projecto visa, ainda, a criação de uma Unidade de Cuidados de Convalescença de Agudos com 30 camas. Esta valência irá abranger todos os utentes das três unidades hospitalares do Nordeste Transmontano.
Prevê-se, também, a implementação de novas especialidades, como dermatologia, cardiologia, oftalmologia, pneumologia e hematologia no serviço de Consultas Externas.
Já a cirurgia geral no hospital macedense vai passar a integrar e reforçar a especialidade de cirurgia de Mirandela. Deste modo, vai proceder-se à concentração de serviços que, na óptica do Conselho de Administração do CHNE, são diminutos ou de inadequada dimensão. Em consequência desta situação, dois cirurgiões irão ser transferidos de Macedo de Cavaleiros para a cidade mirandelense.
Relativamente à urgência, “o que se pretende é a requalificação deste serviço”, garante o comunicado do Centro Hospitalar. No entanto, acrescenta, “nunca se poderá colocar em causa a acessibilidade dos pacientes aos diversos cuidados médicos que deverão ser prestados com qualidade e em tempo útil”.
Trata-se, por isso, de “um conjunto de medidas que pretende fortalecer os serviços médicos dispensados e incrementar a actividade prestada nesta unidade de saúde”, assevera a administração.
Criado há quatro meses, o CHNE garante que “a racionalidade de meios e recursos médicos está implícita nesta reestruturação, com o objectivo de trazer benefícios ao nível da eficiência e qualidade dos serviços prestados”.