Centro de Saúde de Miranda abre portas

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Ter, 04/10/2005 - 14:24


O Centro de Saúde de Miranda do Douro (CSMD) abriu ontem as portas, nove meses depois da inauguração, que decorreu durante a pré-campanha para as eleições legislativas.

Este novo equipamento, que custou cerca de dois milhões de euros, financiados pelo programa Saúde XXI, não contempla internamento, uma situação que será ultrapassada com o recurso a uma Unidade de Cuidados Continuados (UCC).
Ao que foi possível apurar, os Serviço de Atendimento Permanente (SAP) vão continuar a funcionar nas antigas instalações durante mais alguns dias, tal como o serviço de internamento.
Segundo o coordenador da sub-região de Saúde de Bragança, António Subtil, o atraso na abertura deste Centro de Saúde prendeu-se com os concursos públicos para dotar aquela infra-estrutura dos equipamentos necessários.
“Depois da construção do edifício é preciso dota-lo de sistema informático, telefones, ar condicionado, electricidade com potência suficiente. Trata-se de equipamentos que estão sujeitos a concursos públicos e é preciso respeitar os prazos legais e certificá-los ao abrigo da legislação em vigor”, sublinhou o responsável.

Antigas instalações
com falta de qualidade

António Subtil acrescentou, ainda, que num prazo inferior a três anos, conseguiu-se desenvolver um projecto funcional, adaptado às necessidades do concelho e Miranda do Douro.
Recorde-se que a construção do CSMD foi objecto de um braço de ferro entre o Instituto Português do Património Arquitectónico e a autarquia local, uma vez que foi considerado que aquela infra-estrutura estava construída numa área de protecção das muralhas da velha fortaleza medieval.
Recentemente, o antigo Centro de Saúde de Miranda foi alvo de um estudo elaborado pelo Instituto da Qualidade da Saúde, onde a opinião das pessoas foi tida em conta na avaliação dos equipamentos, que deixou este equipamento mal classificado, entre os doze centros de saúde do distrito de Bragança.
O coordenador da Sub-Região de Saúde de Bragança justifica esta situação com o “fim de vida das instalações”.