Ter, 03/01/2006 - 15:01
Segundo o presidente da autarquia local, Aires Ferreira, o projecto para a requalificação daquele edifício do século XIX começou a ser elaborado em 2001, mas a sua inconformidade com os parâmetros estabelecidos pelo Poder Central inviabilizou o plano.
“Na altura, o director do Centro de Emprego quis incluir no projecto o Centro de Formação e a proposta não serviu. Ou seja, gastaram o dinheiro num projecto que não teve utilidade nenhuma, o que encravou o processo”, acrescentou o edil.
Com a visita do ministro do Trabalho e da Segurança Social, Vieira da Silva, a Torre de Moncorvo, no passado dia 17 de Dezembro, ficou decidido que a antiga pensão Marrana vai albergar o Centro de Emprego da vila, que, até ao momento, não tinha instalações próprias.
Universidade Sénior para
combater analfabetismo
O projecto para a requalificação daquele espaço foi entregue à Câmara Municipal, que tem seis meses para o concluir.
A par do Centro de Emprego, aquele edifico também vai acolher a sede da Segurança Social, uma experiência piloto denominada “Balcão Único”, que vai ser levada a cabo pelo Ministério do Trabalho e da Segurança Social.
Depois da concretização do projecto do Centro de Emprego, a autarquia vai retomar o plano para a criação do Centro de Formação que se encontrava suspenso.
Durante o próximo ano, o antigo estabelecimento prisional, situado ao lado da cantina municipal, vai ser projectado para a instalação do Centro de Formação e de uma Universidade Sénior.
“Nós pretendemos elaborar o projecto para a criação destas novas estruturas o mais rápido possível, para que possa ser candidatado ao próximo Quadro Comunitário de Apoio, que vigora entre 2007 e 2013”, salientou o edil moncorvense.
Na óptica de Aires Ferreira, aquele espaço tem uma área considerável, pelo que deve ser bem aproveitado. Por outro lado, fica perto do Centro de Dia da Santa Casa da Misericórdia, onde se encontra grande parte da população idosa do concelho.
“A Universidade Sénior é importante para que os mais idosos possam aprender a ler e a escrever e, ao mesmo tempo, possam partilhar as suas experiências de vida”, salientou Aires Ferreira.
Recorde-se que no concelho de Torre de Moncorvo 40 por cento da população é idosa e a taxa de analfabetismo ronda os 17 por cento, uma realidade que o município pretende combater com a Universidade Sénior.