Ceifeira do Alentejo

Tacticamente perfeitos, fruto de uma grande entreajuda de todos os sectores, muita ligação entre a defesa, meio campo e dois poderosos avançados que, na primeira parte, justificavam já a vantagem. Uma equipa da terceira divisão Série F que, provavelmente, será candidata a subir, e que muito justamente seguiu para a terceira eliminatória da festa do futebol.
Na primeira parte, o Bragança não criou, sequer, uma única oportunidade de golo, tudo porque não conseguiu sair da teia montada pela turma alentejana.
Na 2ª parte, Traoré ceifou toda a defesa da casa com um remate de cabeça, que mais parecia uma pedrada. Depois de uma jogada individual de Bruno pela esquerda, um golo justíssimo e mais que isso já se justificava há muito. Mesmo assim, o Bragança reagiu com muita garra e, de bola parada, empatou o jogo por Bacari. Antes, Bruno fez uma asneira das grandes, na altura da sua substituição, viu o amarelo por demora na saída de campo. O juiz bem que tentou apressá-lo, mas o jogador alentejano bateu palmas e viu o vermelho. Mesmo com 10 jogadores, o treinador do Estrela arriscou e ganhou, pois Fábio apanhou a bola na meia esquerda, sentou toda a defesa do Bragança e castigou Ximena com um golo de antologia. Reposta a justiça, o Bragança ainda lutou, mas faltou energia, criatividade e, acima de tudo, velocidade.
Ganhou o justo vencedor, num jogo magnífico do Estela de Vendas Novas. O juiz participou na partida até ao minuto 90”, depois, abusou na compensação de 6”. Um exagero que, felizmente, não interferiu no resultado.